Jogos Sul-Americanos: ouro e bronze no vôlei de praia
Bárbara Seixas e Carol Solberg superaram paraguaias na final da competição
A torcida da casa bem que tentou, gritou em incentivo do início ao fim. Mas a superioridade técnica de Bárbara Seixas e Carol Solberg, demonstrada ao longo de toda a competição, seguiu evidente na final contra as paraguaias Giuliana Poletti e Laura Ovelar, neste sábado (15/10). Por 2 sets a 0, em um duplo 21/14, as brasileiras coroaram a campanha invicta no vôlei de praia feminino com ouro nos Jogos Sul-Americanos Assunção 2022.
– A gente chegou aqui com muita vontade de ganhar essa medalha, dando valor a cada ponto, a cada jogo. Deu tudo certo. Acho que a gente conseguiu construir um caminho legal e deu tudo certo. Foi muito especial jogar contra o Paraguai em casa, com a arquibancada lotada. Apesar da torcida ser contra, é a energia da arena, e também tinha brasileiro fazendo barulho – disse Carol.
A dianteira no placar nunca foi ameaçada de fato. A torcida que lotou a arena no complexo do Comitê Olímpico Paraguaio vibrou muito com um empate em 7/7 no primeiro set, mas viu o Brasil deslanchar rápido até Carol Solberg, numa diagonal curta, fechar em 21/14. O segundo set começou com 4/0 para o Brasil e o público tentando incentivar uma reação. Bárbara e Carol administraram a vantagem com tranquilidade selar o título.
– É sempre importante a gente estar representando o Brasil. Normalmente representamos nas competições internacionais, mas quando é uma missão do Time Brasil é sempre um pouco diferente. Você conta com uma energia extra, de um grupo muito grande, com uma troca muito positiva. Eu já tinha jogado outros Jogos Sul-americanos, mas não tinha conquistado o ouro. A Carol está com 100% de aproveitamento. Então ficamos muito felizes com o trabalho que estamos fazendo e com a nossa consistência – disse Bárbara.
Para Carol, a conquista do primeiro título na escalada rumo à vaga aos Jogos Olímpicos Paris 2024 tem um sabor especial. Enquanto Bárbara foi medalhista de prata na Rio 2016, Carol Solberg chegou perto nos últimos ciclos, mas nunca conseguiu a classificação olímpica. Agora, aos 35 anos e mãe de dois filhos, forma uma das parcerias favoritas a representar o Brasil na França.
– É o maior orgulho estar representando o Brasil, e tudo o que eu quero é conseguir essa vaga. Bati na trave já várias vezes, porque essa vaga no Brasil é muito difícil, muito disputada mesmo entre grandes times. Para conseguir a vaga é preciso estar entre os cinco melhores do mundo. O objetivo é esse, mas estamos tentando tornar também esse caminho leve. Confiamos muito uns nos outros. Estamos conseguindo sofrer juntos, curtir juntos. Tem muita gente por trás do nosso trabalho, e dentro de quadra temos muita parceria, verdade, olho no olho. Isso faz toda a diferença.
Bronze no masculino
Na disputa pelo terceiro lugar masculino, Arthur e Adrielson cresceram nos momentos certos diante dos chilenos Aravena e Droguett. Passaram a primeira metade do primeiro set atrás no placar, mas encaixaram três contra-ataques seguidos para assumir a ponta e fechar em 21/18. Na segunda parcial, confiantes, os brasileiros deslancharam e garantiram a medalha com 21/13.
– Tivemos menos de 12h para jogar. Tivemos que ter uma resiliência muito grande e virar a chave muito rápido. A gente vem de quatro semifinais seguidas no Circuito Brasileiro, que é o mais forte do mundo. A gente de uma queda fisicamente, mas conseguiu aguentar. Agora vamos para mais uma etapa do Brasileiro, quarta já jogamos de novo. E temos que mostrar essa resiliência de novo – disse Arthur.