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Judson festeja a “oportunidade da vida” na VNL

Central, na primeira convocação da vida para a Seleção, está em Ottawa, no Canadá


Judson nunca tinha defendido a Seleção Brasileira de vôlei, nem nas categorias de base. Mas a entrada em outra seleção abriu as portas para ele. Eleito para o time ideal da Superliga masculina 2022/2023, o central foi convocado pelo técnico Renan Dal Zotto para a Liga das Nações, e está com o grupo que disputa a primeira etapa em Ottawa, no Canadá. O Brasil estreia na competição contra a Alemanha, na quarta-feira (7/6), às 21h (de Brasília), com transmissão do Sportv 2.

– Eu comecei a jogar vôlei um pouco tarde, com 15 anos, e esta foi minha primeira convocação, direto na seleção adulta. Foi incrível, a melhor sensação da vida. Você vê que valeu a pena todo o trabalho, o esforço, a luta. Além de realizar um sonho pessoal de poder representar o país – disse Judson. – É a oportunidade da minha vida. Quando soube que vinha para o Canadá, foi aquela felicidade, mas logo depois pensei que tinha que continuar minha preparação, porque tenho que representar bem o Brasil. Recebi a oportunidade e tenho que saber aproveitar.

A primeira convocação do central de 24 anos veio depois de uma temporada de destaque. Semifinalista da Copa Brasil e da Superliga masculina com o Suzano, ele liderou o ranking de bloqueadores da Superliga, com 76 pontos no fundamento.

– Meu segredo maior esse ano foi confiança. Foi o que me fez subir um degrau. A temporada foi muito boa, mas não sabia se ia ser convocado. E quando saiu a convocação, foi a concretização desse trabalho.

A confiança da temporada deu lugar ao nervosismo no primeiro coletivo com a seleção brasileira no Centro de Treinamento da CBV, em Saquarema (RJ).

– Minha mulher diz que eu sempre falo que estou de boa e tranquilo, mas nesse momento foi uma sensação diferente, aquele frio na barriga. Mas foi muito especial. No primeiro coletivo em Saquarema, senti que estava nervoso na hora que lancei a bola para sacar. Aí pensei: tenho que dar uma aquietada no coração e focar. Depois disso deu tudo certo e consegui me soltar – conta, o central, destacando o apoio dos companheiros mais experientes e da comissão técnica. – Tento absorver todos os toques que eles dão, e observar também, para me espelhar nos caras que são referência. Eles têm falado muito, dado dicas, explicado como as coisas funcionam e como lidar com tudo isso.

Os 14 relacionados para a primeira etapa da Liga das Nações, em Ottawa, são os levantadores Bruninho e Cachopa, os opostos Abouba e Alan, os ponteiros Adriano, Arthur Bento, Honorato e Lucarelli, os centrais Flávio, Judson, Otávio e Thiery, e os líberos Maique e Thales.