
Julia Kudiess celebra marca histórica: “Superei minhas expectativas”
Eleita uma das melhores centrais da Liga das Nações (VNL), Julia Kudiess encerrou a competição com 63 pontos de bloqueio, igualando a marca de Carol na edição de 2022. A jovem de 22 anos, que se recuperou de uma grave lesão no joelho direito ano passado, destacou a superação pessoal e comemorou o desempenho no bloqueio, mesmo reconhecendo que ainda busca evoluir. Ela revelou que recebeu a notícia da premiação no aeroporto, e admitiu que não esperava o reconhecimento.
– Foi uma sensação muito especial. Recebi a noticia da seleção do campeonato quando a gente estava no aeroporto. Eu não esperava. Eu brinco que eu sou muito pé no chão, me cobro muito. E, por não ter chegado na final, eu senti que faltou algumas coisas pra mim. Nosso último jogo, claro, jogar contra a Itália é sempre muito difícil – comentou a central, em entrevista ao programa “Hello LA”, do SporTV.
VOLTA POR CIMA
Julia Kudiess lembrou das dificuldades no retorno após a lesão e contou que superou as próprias expectativas.
– Eu passei um ano me recuperando da minha lesão do ano passado. Eu não acreditei que eu fosse voltar tão bem como eu voltei. E lógico, eu tenho muito a melhorar, muito a crescer. Mas eu superei minhas expectativas. Essa marca de 63 pontos de bloqueio foi muito especial, eu nem acreditava que poderia atingir isso – afirmou a atleta, lembrando da preparação realizada para performar bem no fundamento antes de cada partida.
– Acredito que depende muito da equipe adversária. Nossa comissão e nossos estatísticos sempre passam um estudo detalhado. Cada jogo a gente tem que jogar de uma maneira diferente. Contra as japonesas, a gente não pode buscar muito na altura. Mas contra a Itália, se a gente não buscar altura, não encosta na bola. Com bom estudo e leitura de jogo, a gente consegue se preparar – explicou.
Apesar da marcação eficiente em muitos momentos, Julia reconheceu que ainda busca mais consistência no fundamento.
– Não é fácil bloquear, principalmente essas meninas que vão muito alto. Além de invadir, a gente tem que conseguir ir alto para tocar na bola. Mas acredito que conseguimos fazer isso bem em alguns momentos. Teve hora que a gente derrubou um pouco, marcou errado, mas é uma evolução. Fico feliz pelos bloqueios no final, mas ainda me cobro pelas bolas que eu poderia ter pegado – finalizou.