Brasil Julia Kudiess
Home Destaques Julia Kudiess celebra prata, mas mira o topo: “Podemos mais”

Julia Kudiess celebra prata, mas mira o topo: “Podemos mais”

Central, eleita a melhor da posição, reconheceu a força da Itália na final da VNL


Eleita para a seleção da Liga das Nações (VNL), a central Julia Kudiess acredita que o grupo ainda tem margem para evolução, e nada melhor do que olhar para os pontos fortes da rival Itália, algoz na decisão, e tentar “copiar” o modelo. Em entrevista ao programa “Hello LA”, do Sportv, a atleta valorizou o vice-campeonato da Seleção Brasileira, mas apontou o sentimento coletivo de frustração com o desfecho da decisão.

– Eu não tive a oportunidade ainda de ver a Gabi depois dessa folga, mas eu acho que ela expressou o sentimento de todas nós. A gente celebra, é claro, a prata, porque muitos times querem chegar numa final, mas é muito chato perder a detalhe. É muito chato estar ali numa final e perder um jogo. Então, essa dor da Gabi, ela passa pra gente, e eu acho que todos nós sentimos isso. Ninguém está satisfeito. A gente celebra a prata, mas a gente quer chegar no topo, e a gente pode – comentou a central.

Na avaliação da jogadora, o time precisa manter o foco e seguir em busca de evolução.

– Eu sinto que a gente tem que trabalhar. Tem que trabalhar, tem que melhorar, tem que ser mais decisiva. E com isso, eu acho que nos momentos difíceis que a gente cresce – destacou Julia.

“Precisamos dessa rodagem juntas”

A entrevista da capitã Gabi, logo após a partida, repercutiu entre as atletas e a comissão técnica. A emoção e a transparência nas palavras da ponteira foram reconhecidas por Julia Kudiess como reflexo do compromisso do grupo.

– A gente precisa dessa rodagem, dessa bagagem junta. Mas eu acho que é um dos grandes diferenciais da Itália. É esse tempo em quadras juntas. Elas jogam há muito tempo juntas. Então, se torna uma seleção imbatível. E é o que a gente quer fazer – afirmou a atleta.

Ela lembrou que a conexão dentro de quadra é algo que o Brasil busca construir.

– A gente fala muito, e o Zé fala muito também. É uma seleção que trabalha há muitos anos junta. Elas se entendem ali sem precisar conversar. E eu acho que isso pode ser um diferencial. Elas têm peças muito importantes, opostas muito boas. Mas eu acho que é essa liga. É você olhar no olho da outra e não precisar falar. Você já sabe o que vai acontecer. E é isso que a gente está buscando – concluiu.