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Seleção Brasileira - Superliga - 26 de abril de 2023

Lara, convocada: “Ser capitã aflorou algo em mim”

Central do Fluminense conta que missão dada pelo técnico Guilherme Schmitz impactou positivamente seu desempenho


Convocada para os treinamentos da Seleção Brasileira com foco na Liga das Nações, a central Lara vive dias de felicidades graças ao chamado de José Roberto Guimarães. Aos 34 anos, a jogadora do Fluminense se vê em um momento especial da carreira e acredita que o fato de ter se tornado capitã do Tricolor na Superliga Feminina, a pedido do técnico Guilherme Schmitz, foi um impulso para a grande fase que vive.

– Eu sempre dizia que tinha zero perfil para ser capitã, que nunca seria. Tanto que, no primeiro ano que eu voltei para o Flu, o Gui chegou a conversar comigo, que estava indeciso entre mim e a Bruninha. Eu respondi que tinha zero vaidade. Falei: “põe a Bruninha, porque eu nem ligo para essas coisas”. Foi a Bruna,  mas aconteceu o que aconteceu (caso de doping) e acabou vindo para mim. Foi engraçado, porque eu me vi numa responsabilidade que fez aflorar alguma coisa em mim. Acho que me fez bem. Todo mundo fala isso. As pessoas dizem que, depois que eu virei capitã, comecei a mandar bem, jogar bem, ter mais liderança – disse Lara, em live do “Sem Bloqueio”.

A central terminou a Superliga com 80 pontos de bloqueio, empatada com Carol, do Dentil/Praia Clube. As duas só aparecem atrás de Adenízia, do Osasco São Cristóvão Saúde, que fez 86.

Ela lembra que a convocação veio cercada de emoções e até desconfianças.

– Eu estava em casa, de boa. A CBV tinha me ligado e logo saiu a convocação. Foi tudo muito rápido. No início, achei que era mentira, porque sempre saem umas listas fake. Quando vi que era real, até chorei de emoção. É um sonho pra mim. E olha que não sou de chorar, não! Fiquei muito feliz. A gente sempre trabalha para chegar na Seleção – contou Lara.

Sobre a eliminação do Fluminense para o Sesc RJ Flamengo nas quartas de final da Superliga, a jogadora não escondeu a decepção. Sabia que o elenco tinha condições de ir mais longe, mas reconhece que faltou experiência em momentos cruciais.

– Fiquei bem chateada logo que eu saí do último jogo, porque eu acho que a gente podia ter ido um pouco mais longe. Mas faz parte. O time era novo e algumas meninas nunca tinham jogado um playoff. É um aprendizado e temos que virar a chave.