Lavarini desabafa: “Que o ranking vá para o inferno!”
Italiano ajudou a Polônia a se classificar sem a necessidade do ranking
O técnico italiano Stefano Lavarini desabafou ao fim da temporada de seleções com a Polônia, após garantir vaga na Olimpíada de Paris com a vitória sobre a Itália no Pré-Olímpico, neste domingo (24/9). Na comemoração, ele disse ao assistente Nicola Vettori:
– Que o ranking vá para o inferno! – festejou, para depois explicar o alívio: – Finalmente já não temos de pensar no ranking todos os dias. Não temos mais de verificar depois de cada partida, quantos pontos conquistamos, quantos pontos tem a República Dominicana e quantos tem a Holanda. Esta é provavelmente a sensação mais agradável associada à qualificação para a Olimpíada – comentou Lavarini, em entrevista ao WP Sportowe Fakty.
Nesta temporada, a Polônia teve um desempenho histórico, faturando ainda a medalha de bronze na Liga das Nações (VNL). A cereja do bolo foi poder comemorar com a fanática torcida local, em Lodz, o carimbo no passaporte para Paris. Sobre a vitória sobre a Itália, Lavarini exaltou as comandadas:
– As meninas mostraram muita determinação. Talvez não tenha sido um bom jogo, porque cometemos muitos erros e em muitos momentos o adversário foi melhor que nós em termos de qualidade de jogo, mas nos momentos mais importantes, nas situações que fizeram a diferença, as meninas demonstraram a sua coragem , e isso nos permitiu a classificação – disse Lavarini.
Ele ainda elogiou a levantadora Asia Wolosz, que saiu do banco de reservas para conduzir a vitória decisiva.
– Não gosto de falar muito sobre o desempenho das jogadores individualmente, mas penso que posso abrir uma exceção neste caso. Não mandei qualquer levantadora para quadra, mas sim a melhor do mundo. Se o jogo não está indo do seu jeito e você tem alguém assim no banco, a melhor das melhores, a decisão é simples. Mesmo que a Asia não tenha brilhado ultimamente, ela ainda é a melhor, ela ainda é a nossa líder. Neste momento particular, precisávamos da sua qualidade, do seu carisma, da sua experiência – analisou Lavarini. – Se você tem uma pessoa como ela no seu time, alguém que ama tanto seu país, que sonha tanto em disputar as Olimpíadas, que está pronta para ajudar o time a qualquer momento e o faz no momento mais importante, então eu só posso dizer isto: trabalhar com a Asia é uma grande honra para mim.