Thaisa
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Destaques - Entrevista - 25 de abril de 2020

Leitura, cursos on-line, estudo e malhação: a rotina de Thaisa na quarentena


A central bicampeã olímpica Thaisa, do Itambé/Minas, tem passado a quarentena lendo livros, fazendo cursos on-line, estudando e mantendo a forma física. Dentro da sua casa, em São Paulo (SP), a jogadora conta que, antes de encontrar os pais, ficou isolada, ainda em Belo Horizonte, por 15 dias e só depois pegou estrada rumo à capital paulista para manter o isolamento social perto da família.

No trajeto de cerca de 600 quilômetros, ela não fez nenhuma parada para evitar contato físico. Já em sua residência, a atleta conta que tem lido bastante e dado dicas aos torcedores, além de se cuidar para quando a pandemia passar estar 100% fisicamente.

Em entrevista à assessoria de comunicação do Minas Tênis Clube, Thaisa falou um pouco mais da sua rotina e dos planos para o futuro.

Como tem sido os seus dias? O que tem feito para manter a forma?

Thaisa – Tenho usado meu tempo para ler muito e fazer alguns cursos on-line. Estou me dedicando muito à parte mental e intelectual e, nesses dias, estou estudando muito sobre Inteligência Emocional, curso que conclui na semana passada, estou fazendo também de oradores e palestrantes e formação de coaching integral sistêmico, pela Febracis. Estou treinando todos os dias. Consegui pegar alguns pesos emprestados na academia do meu prédio. Então, não tem moleza. Malho em casa com meu noivo e faço caminhada pelo condomínio também. Não dá pra parar!

Thaisa dá dicas de leitura durante a quarentena (Divulgação/MTC)

Como foi o início da quarentena? Você está em Belo Horizonte?

Thaisa – Na real, fiquei fechada em casa, em BH, 15 dias. Isso foi para proteger a mim e a minha família. Os meus pais estão na minha casa, em São Paulo, e eles são do grupo de risco, minha mãe, principalmente, que é cardíaca, diabética, e, recentemente, passou por um tratamento de saúde. Então, segui as recomendações médicas e fiquei de quarentena total, para poder voltar para casa sem causar riscos a eles. Sai de Belo Horizonte e voltei para São Paulo de carro e sem fazer paradas.

Vocês atletas têm uma rotina nutricional muito equilibrada. Nesses dias de quarentena, como tem se cuidado para não perder a forma?

Thaisa – É preciso controlar ainda mais. Sem a intensidade dos treinos diários, fica mais fácil de ganhar peso, né!? (risos). Eu não faço dietas absurdas, mas evito as besteiras e exageros.

Você tem publicado em seu Instagram, com certa frequência, fotos lendo alguns livros. Dê algumas dicas para os torcedores do Itambé/Minas? O que a Thaisa gosta de ler?

Thaisa – Tenho tido um tempo que nunca tive para estar com meus pais e para cuidar ainda mais da minha parte mental. Tenho lido livros voltados para os cursos que estou fazendo, então não sei se vão gostar muito, mas aí vão as dicas. Todos valem muito a leitura, não necessariamente nesta ordem:

– Poder sem limites – por Tony Robbins.
– O poder da ação – por Paulo Vieira.
– O Poder da autorresponsabilidade – por Paulo Vieira.
– Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso – por Carol Dweck.
– Seja foda – por Caio Carneiro.

O cancelamento da Superliga 2019/20 foi a decisão mais acertada?

Thaisa – Claro! Acho que isso não tem nem questionamento. Estamos vendo em todos os lugares, o mundo parou. Milhares de mortes para todo lado e chegou aqui no Brasil. Ainda bem que foram rápidos nessa decisão.

Você liderava os principais fundamentos de jogo na Superliga. Muitas fãs e especialistas do esporte apontavam você como a melhor jogadora do torneio. Você se via dessa maneira?

Thaisa – Me sentia muito bem em quadra e muito confiante. Cada dia mais forte e conectada com minhas companheiras. Estava treinando muito concentrada e focada para cada jogo. Então, ser a melhor ou não ser, no final das contas, seria apenas consequência do meu trabalho. Eu acredito que evolui muito, mas que ainda tinha ou tenho margem para crescer e evoluir mais. Avalio que esta temporada foi ótima para mim e que terei ela como exemplo, espelho para iniciar a próxima.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram adiados. Com isso, os atletas terão um ano a mais para se preparar e buscar uma vaga na seleção. Como você vê esse tempo a mais?

Thaisa – Se temos margem para crescimento, nunca será ruim ter mais tempo para treinar, focar e evoluir. Tudo é uma questão de como se vê o “obstáculo”. Acredito que, no geral, ter mais tempo é sempre bom. Temos que aproveitar o tempo para treinar mais, se cuidar mais, evoluir e, se alguém achou que poderia ter feito mais ou melhor na última temporada, aproveitar para recuperar o tempo perdido.

O que falar da sintonia da dupla “Thaisa e Macrís”?

Thaisa – Foi muito gratificante conhecer, conviver e jogar com a Macrís. Ela é mais caladinha, mas também tem a sua personalidade forte. É ousada e muito dedicada. No início precisamos ter paciência para ganhar o entrosamento e acertar o tempo de bola. Tivemos um carinho e respeito enorme e passo a passo fomos nos conectando e criando confiança uma na outra. Foi muito bacana e me sinto grata por tudo que construímos juntas.

Além de ser bicampeã olímpica, você tem várias outras conquistas com a seleção e pelos clubes que defendeu. Está prestes a completar 33 anos (15 de maio) e vive um dos melhores momentos da carreira. O que te move e te dá forças para seguir brilhando nas quadras?

Thaisa – O que me move é a paixão pelo que eu faço! O amor pelo esporte e pela energia que explode dentro de quadra. Eu amo ser desafiada. Eu amo adrenalina. Busco evoluir e me reinventar sempre… isso é o que me move.