Lukas sobre estreia olímpica: “Não esperava que seria tão cedo”
Lukas Bergmann, o caçula da Seleção Brasileira
O mais jovem atleta da Seleção Brasileira masculina de vôlei se prepara para estrear em Jogos Olímpicos. O ponteiro Lukas Bergmann, de 20 anos, admite que fazia planos futuros para estar presente no maior evento esportivo do planeta.
– Não esperava que seria tão cedo, mas aconteceu e estou preparado para fazer o melhor.
Ele garantiu seu lugar entre os 12 selecionados durante a VNL, vai disputar pela primeira vez os Jogos em Paris 2024 e ainda tem um sabor especial: divide essa conquista com sua irmã mais velha, Julia, da Seleção feminina, que também estreia em uma edição olímpica.
Lukas vem de uma temporada com evolução constante. Começou a ter oportunidades mais efetivas no time adulto e conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. De lá para cá, o “caçula” passou a figurar mais no elenco principal do técnico Bernardinho e em 2024, na disputa da Liga das Nações, teve uma performance muito boa, comprovando o que havia mostrado com a camisa do Sesi na Superliga. Tal desempenho fez Lukas garantir seu lugar entre os atletas que disputam os Jogos Olímpicos de Paris.
– É uma emoção muito forte e grande, ainda mais por ser a minha primeira Olimpíada. Cheguei aqui e vi a questão da Vila, a energia diferente. É emocionante – afirmou Lukas, ressaltando o apoio que vem recebendo dos jogadores mais experientes da Seleção.
– Eles nos deixam mais tranquilos. Temos atletas que já jogaram Olimpíadas, como Bruninho, Lucão, Lucarelli, além da comissão, que já vieram para cá ainda mais vezes. Só tenho a aprender todo dia nos treinamentos e fora de quadra. Tudo é aprendizado – completou.
Filho de mãe brasileira e pai alemão, Lukas nasceu em Munique, na Alemanha, e tem dupla nacionalidade. Assim como a irmã Julia, de 23 anos, ele escolheu defender as cores brasileiras e pontuou o orgulho da família por ter dois representantes em Paris 2024. Os irmãos, por sinal, já conseguiram se encontrar na capital francesa.
– Deu para nos encontrarmos na Vila já no primeiro dia. Fui comer e depois a encontrei, trocamos uma ideia e ela me explicou tudo, já que estava lá há mais tempo. É um orgulho enorme para a família. Ter dois filhos em uma Olimpíada não é fácil. Eles são o motivo de estarmos aqui por todo o incentivo que sempre nos deram – finalizou.