Maiara Basso: “Duvidava muito do meu potencial”
A ponteira se destacou na Superliga 22/23 e ganhou oportunidade na Seleção
Não há dúvidas sobre quem é a mais grata surpresa do Brasil na Liga das Nações feminina de 2023. A ponteira Maiara Basso aproveitou as chances recebidas em sua primeira oportunidade na Seleção adulta, virou peça-chave na formação titular de José Roberto Guimarães e entrou na briga por um lugar nos Jogos Olímpicos de Paris, no próximo ano.
A jogadora de 27 anos teve uma Superliga 22/23 destacada. Contratada pelo Barueri, precisou ser deslocada para a saída de rede. Adaptou-se rapidamente e virou uma das maiores pontuadoras da temporada. No decorrer da competição, voltou a atuar na ponta. Essa multifuncionalidade abriu a porta para a Seleção.
Em Arlington, no Texas, Maiara Basso treina para a fase final. Na quinta-feira, a partir de 12h30, o Brasil enfrentará a China, pelas quartas de final. Antes, ela respondeu algumas perguntas do Web Vôlei.
De novidade na lista de inscritas a titular. Como você vê essa mudança de patamar tão rápida na Seleção Brasileira?
Foi tudo muito rápido nessa última temporada. Não esperava o que aconteceu no último ano. Isso foi fruto do trabalho realizado na minha carreira. É uma realização pessoal estar na Seleção Brasileira representando todo um país. Sempre sonhei em um dia estar na Seleção adulta.
Em entrevista recente ao Web Vôlei, antes da VNL, o Zé Roberto elogiou você tecnicamente, dizendo que fazia todos os fundamentos bem. Mas que faltava ” a Maiara querer mais”, acreditar mais no potencial para dar saltos maiores na carreira. Acredita que o espaço conquistado nesta VNL tem a ver com essa sua virada de chave?
Acredito que sim. Eu duvidava muito do meu potencial e não acreditava que estaria entre as 14 em uma Seleção Brasileira. Hoje eu acredito e quero mais. A cada dia quero treinar e jogar mais pela Seleção. Essa temporada tem sido muito especial.
Como está a sua expectativa pessoal para jogar pela primeira vez uma fase final da VNL? Tem aquele friozinho na barriga?
Sempre tem e isso faz parte do esporte. Ainda mais antes de um momento decisivo como esse. Estamos treinando bastante e acredito que temos tudo para fazer um grande jogo. Jogamos com a China na primeira partida da competição e vamos voltar a enfrentá-las em um outro momento. Estou muito confiante no nosso desempenho.
É possível dizer atualmente que você se sente tão vontade na ponta quanto na saída de rede depois de uma temporada tão efetiva em ambas?
Eu me sinto bem jogando nas duas posições. Gosto das duas e estou à disposição da comissão técnica. Quero ajudar o time da melhor maneira possível.
Por fim, essa questão de atuar em múltiplas funções sempre foi um diferencial exigido pela CT da Seleção, ainda mais pensando em uma Olimpíada, com apenas 12 vagas à disposição. Como você se vê nesta disputa para Paris-24?
Na minha carreira já joguei em praticamente todas as posições: levantadora, central, ponteira, oposta e acredito que isso acaba me ajudando. Tenho consciência que ainda preciso treinar muito para conseguir essa vaga. Seleção é consequência do trabalho realizado na temporada. Ainda tem muita coisa para acontecer até os Jogos de Paris. Vou me dedicar muito para me colocar na disputa por essa vaga.