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Coluna - 20 de outubro de 2023

Mais um motivo para a Globo refletir sobre o nome dos times

Opinião de Daniel Bortoletto sobre um pedido antigos dos projetos de vôlei


Historicamente no vôlei brasileiro os projetos possuem dois nomes: o oficial, com o patrocinador máster quase sempre presente, e o das transmissões do Grupo Globo, resumidos aos clubes ou cidades das equipes, por conta da política comercial da empresa.

Nesta quinta-feira, uma nota oficial do Vôlei Renata ajuda a entender como seria importante uma reflexão da detentora dos direitos da modalidade no país sobre o tema.

O Vôlei Renata precisou se posicionar nas redes sociais pois estava sendo confundido com o projeto feminino do Campinas Vôlei, fechado poucos meses após ser anunciado por falta de pagamento para atletas e comissão técnica. Para o leigo, ouvir ou ler que um time é o Vôlei Campinas e o outro é o Campinas Vôlei ajuda muito pouco. Ou melhor: atrapalha muito.

Neste caso, o projeto sério, longevo e responsável passou a ser criticado nas redes sociais pelo projeto “homônimo” não ter pago o salário de Jaqueline, Mari Paraíba & Cia. É o tal confundir alhos com bugalhos, como diz o ditado popular.

E não é um caso isolado na história da Superliga. O RJX, apoiado por Eike Batista, chegou investindo milhões, ganhou uma Superliga masculina com muita exposição na TV e logo no ano seguinte fechou as portas de forma melancólica. Como era chamado como Rio de Janeiro foi confundido com o projeto feminino liderado por Bernardinho, este sim sólido e histórico na modalidade. E naquela época não existiam as redes sociais, um potencializador de teses malucas e fake news.

O Grupo Globo deve ter seus argumentos para manter a tal política comercial e não usar o nome do patrocinador “de graça” nas transmissões de TV e nas matérias escritas ou dos programas de rádio. Na temporada passada, houve até uma certo relaxamento nas regras, com o nome do patrocinador sendo citado ao menos uma vez na abertura das transmissões. Que seja o início de uma mudança maior, algo que ajudaria todo o ecossistema do vôlei.

Por Daniel Bortoletto