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Destaques - Seleção Brasileira - 2 de agosto de 2025

Marcelle: “Jogar é a menor pressão que tenho em minha vida”


A líbero Marcelle terminou em alta a Liga das Nações feminina de vôlei (VNL). A jogadora do Fluminense aproveitou a oportunidade recebida na terceira etapa, em Chiba, no Japão, e se consolidou como titular nas finais, em Lodz. De volta ao Brasil, após a medalha de prata, para iniciar a preparação para o Campeonato Mundial da Tailândia, a partir do dia 22, ela falou ao clube carioca sobre as últimas semanas.

Foi a primeira experiência da atleta de 23 anos na Seleção Brasileira adulta. Ela inicialmente foi convidada para treinar. Ganhou a confiança da comissão técnica e se firmou na posição na abertura deste ciclo olímpico.

– De tudo que eu vivenciei, jogar é a menor pressão que eu tenho em toda a minha vida – disse Marcelle.

Ela chegou ao Fluminense na temporada 2024/2025, assumiu a titularidade na disputa com Lelê, jogou a sua primeira Superliga como titular e tornou-se um dos pilares da equipe. Tão rapidamente quanto sua consolidação na Seleção.

– Ter também a oportunidade de ir para a Seleção Brasileira na minha primeira temporada jogando foi incrível. No primeiro jogo, olhava a bandeira do Brasil e pensava ‘Meu Deus, eu consegui!’. Antes, olhava para a televisão e pensava que era ali que queria chegar e, quando vi a bandeira balançando e o hino nacional tocando, senti uma grande emoção e o sentimento de que consegui, por mim e pelos meus. Mas é só o começo de tudo. É muito difícil chegar, é necessário muita luta todo dia, treino, cuidar do corpo e da mente – comentou Marcelle.

Ao falar do presente, a líbero não esquece do passado e da gratidão por tudo que a família fez.

– Comecei a jogar com 11 anos no Tijuca, onde fiz a minha base. Ao longo da trajetória, tive muitas oportunidades e sempre fui muito determinada, pois sabia que aquilo mudaria a minha vida e da minha família. O começo foi difícil por não termos muitas condições. Eu ia para a escola de manhã e de lá ia direto para o clube, no qual passava o dia inteiro e às vezes não tinha como comprar um lanche. Mas via eles fazendo o máximo em tudo para me ajudar. O que eu faço por eles hoje ainda é muito pouco do que desejo fazer.

Marcelle ainda comentou sobre a naturalidade em atuar como titular em sua primeira vez representando a seleção adulta.

– De tudo que já passei, jogar vôlei é a melhor parte. Lembro que na época da minha primeira Superliga, no meu primeiro dia de treino, estava tendo tiroteio na comunidade que moro e fiquei desesperada com a possibilidade de não conseguir chegar. Então, de tudo que vivenciei, jogar é a menor pressão que tenho em toda a minha vida. Estar na Seleção Brasileira, ir para o Mundial é a melhor parte, então não tem pressão, é só alegria.