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Coluna - Superliga - 22 de janeiro de 2021

Mari: 19 pontos na volta para matar as saudades

Campeã olímpica fez a estreia pelo Fluminense nesta sexta


Demorou, mas finalmente Mari voltou a jogar uma partida oficial de vôlei. Nesta sexta-feira, a campeã olímpica estreou com a camisa do Fluminense na derrota para o São José dos Pinhais/AIEL por 3 a 1 (25-18, 22-25, 27-25 e 27-25). Mas teve uma atuação para deixar satisfeitos os apaixonados fãs.

A camisa 7 foi escalada como oposto pelo técnico Hylmer Dias. Sem precisar passar (Dayse e Fernanda Tomé foram as ponteiras titulares), ela pôde desempenhar seus melhores fundamentos sem pressão na construção das jogadas.

O cartão de visitas de Mari foi dado logo no primeiro ponto do jogo. Um bloqueio na saída de rede. O ataque, no primeiro set, porém, parecia meio descalibrado. Um pouco de falta de sintonia com a levantadora Giovana, outras bolas defendidas pelo time paranaense, até um pouco de irritação com as seguidas falhas do passe tricolor…

A partir da segunda parcial, o cenário mudou. Mari começou a fazer a diferença. A confiança dela cresceu, ficou claro. O time veio junto. A jovem Mayara entrou bem no lugar de Fernanda Tomé, sendo uma coadjuvante de luxo. Jogo empatado e tinha mais por vir.

No terceiro set, alguns pontos poderiam entrar num DVD dos melhores momentos de Mari. Uma largadinha ao melhor estilo vôlei de praia, ataques potentes pela entrada de rede e até uma china. A transmissão da TV NSports flagrou até um sorriso, algo que a seriedade característica da “Mulher de Gelo” em quadra não permitia durante boa parte da carreira.

Na pontuação, ela já liderava, na metade da parcial, com 13, deixando Carla e Dani Suco, as melhores de Pinhais, para trás.

Mari também errou, que fique claro! Dois apoios de bola na tentativa de um contra-ataque, um deles decisivo para as paranaenses vencerem a terceira parcial, além de um saque ou outro… E ainda reclamou com a arbitragem, mesmo não sendo a capitã do Flu em quadra.

No quarto set, após Pinhais fazer quatro pontos seguidos e virar o placar (17 a 16), Mari saiu pela primeira vez de quadra, numa inversão do 5-1. Pouco depois, já estava de volta, para receber mais algumas bolas, pontuar, ser bloqueada, bloquear e terminar a partida com 19 acertos (15 no ataque e quatro no block), sendo a maior pontuadora do confronto, um a mais do que Carla, a VivaVôlei. Insuficiente para o Fluminense vencer, mas que já serviu para matar um pouco das saudades que os fãs estavam de Mari.

Por Daniel Bortoletto