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Coluna - Internacional - Vaivém - 14 de novembro de 2023

Mercado do vôlei: negócio fechado em novembro é raro

Site turco garante que Gabi já tem acordo com o Conegliano para 2024/2025


O site turco Voleybol Magazin publicou, nesta segunda-feira (13/11), que Gabi já tem um acordo com o Conegliano para a temporada 2024/2025, uma verdadeira bomba no mercado do vôlei, dias depois de o italiano Volley News divulgar o interesse do time de Daniele Santarelli na brasileira.

Mas esqueça qualquer confirmação dos lados envolvidos nos próximos meses, já que a temporada 23/24 acaba de começar. E é esse exatamente o ponto que mais assusta. Como as movimentações no mercado estão começando cada vez mais cedo.

Para quem não acompanha o vôlei tão de perto, vale uma explicação sobre a temporada. Para os clubes, ela acabará apenas em maio, quando atletas começarão a se apresentar para as respectivas seleções. Então são quase sete meses pela frente, com disputas nacionais, continentais e internacionais para Vakifbank e Conegliano, os envolvidos na transferência.

Conversando com agentes envolvidos em negociações do vôlei, eles dizem ser raro um negócio fechado em novembro. Mas acontece em situações bem específicas. Normalmente o mercado começa a esquentar em dois meses, com propostas enviadas e negócios sendo fechados em fevereiro, março. Muita gente ainda acha cedo, já que playoffs dos campeonatos ainda sequer começaram. Mas quem tem planejamento e orçamento definido sai antes dos concorrentes na caça por reforços.

No caso de Gabi, algo mais precisa ser dito. Propostas anuais (milionárias) chovem para os empresários dela todo ano. E é assim com craques deste quilate. E ela pode escolher entre os melhores time do mundo e/ou os times mais ricos. Neste ponto, entra a gestão da carreira. Escolher se manter entre os tops da Europa, em projetos consolidados e mais longevos, ou uma aventura pontual em um mercado não tão competitivo.

Gabi chegou ao Vakif em 2019, já conquistou tudo com a camisa aurinegra, é a atual capitã e grande pilar do projeto. O Vakifbank sabe que um eventual saída dela significaria uma reconstrução profunda e com enorme risco envolvido. E com tal cenário pela frente, brigar com unhas e dentes pela camisa 10 é o único caminho possível.

Por Daniel Bortoletto