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Destaques - Tóquio-2020 - 30 de junho de 2021

Mikhaylov será um dos porta-bandeiras da Rússia em Tóquio

Oposto russo dividirá a honra com a esgrimista Sophia Velikaya


O presidente do Comitê Olímpico Russo, Stanislav Pozdnyakov, anunciou nesta terça-feira que o oposto Maxim Mikhaylov e a esgrimista Sophia Velikaya serão os porta-bandeiras do país na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

A dupla é uma inovação do Comitê Olímpico Internacional, numa campanha pela igualdade de gênero. Ainda não está claro como os dois farão para carregar a bandeira durante a cerimônia: se juntos ou revezando.

Será a segunda edição seguida de Jogos Olímpicos com atletas de vôlei sendo porta-bandeiras, já que na Rio-2016 a honra coube ao ex-ponteiro Sergei Tetyukhin.

Mikhaylov e Velikaya são campeões olímpicos e vão disputar pela quarta vez os Jogos. Vale lembrar que a Rússia não poderá utilizar sua bandeira na competição, já que foi punida pela Agência Mundial Antidoping.

– O direito de liderar toda a equipe olímpica russa é uma grande honra. Acho que este será um evento inesquecível, mas ao mesmo tempo é muita responsabilidade. Claro, é uma pena que não haja bandeira russa. Tenho certeza de que essa decisão foi uma decepção para todos os atletas. Eu, pessoalmente, não conheço Sophia Velikaya, mas, claro, sei quem ela é e o que ela conquistou – disse Mikhaylov em uma entrevista ao BO Sport.

Velikaya é campeã olímpica em 2016 no torneio por equipes e duas vezes medalhista de prata no individual (2012 e 2016). Ela também é 8 vezes campeã mundial e 14 vezes campeã europeia.

De acordo com Pozdnyakov, os critérios para a escolha dos porta-bandeiras são autoridade, experiência, conquistas esportivas, qualidades pessoais, reputação e até dados antropométricos. Não foi à toa que o lutador Alexander Karelin foi o porta-estandarte três vezes seguidas: ele simbolizava o herói russo, a força do país.

Mikhaylov fez sua estreia olímpica em Pequim-2008, tornando-se o membro mais jovem da equipe russa, então com 20 anos. Ele foi o maior pontuador da Rússia, que conquistou o bronze. Quatro anos depois, ele se tornou campeão em Londres, vencendo o Brasil na final, de virada. No Rio, ele ficou em 4º lugar.

Zica olímpica?

Na Rússia, existe uma certa maldição recente dos porta-bandeiras. O lendário nadador Alexander Popov ficou sem medalhas em Atenas-2004, o jogador de basquete Andrei Kirilenko passou em branco em Pequim-2008, enquanto Tetyukhin teve o mesmo desfecho na Rio-2016. Quem escapou da zica foi a tenista Maria Sharapova, prata em Londres-2012.

– Como qualquer atleta, tenho minhas próprias superstições na hora de me preparar para os jogos. Não vou nem prestar atenção a nenhum outro sinal e ter medo de alguma coisa – disse o oposto russo.