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Superliga - 13 de novembro de 2019

Nyeme marca belo ponto. Mas regra não reconhece


A líbero Nyeme, revelação do último Campeonato Paulista com o São Paulo/Barueri, protagonizou um dos pontos mais bonitos da primeira rodada da Superliga feminina.

Nesta terça-feira, no Ginásio José Correa, em Barueri, ela finalizou um longo rally com uma jogada de craque. Veja no vídeo publicado no Twitter da TV NSports.

Comemoração válida. Mas o ponto não entra nas estatísticas como feito por Nyeme.

Desde a criação do líbero, as regras da Federação Internacional não permitem ao jogador da posição, um especialistas em passe e defesa, fazer parte da zona de ataque. Ou seja, qualquer ponto feito por um líbero é considerado erro da equipe rival.

Na minha modesta opinião, uma falha de julgamento. Entendo a condição do líbero, um atleta “especial” lá na criação da regra, no início do século. Mas o jogo evoluiu a partir da introdução desta função. E a regra deveria também acompanhar tal evolução.

Graças a alguns craques da posição, o vôlei aumentou o espetáculo nos jogos, viu o tempo dos rallies crescer e permitiu até a criação do líbero apenas para defesa e outro apenas para passe. Então, já não seria hora de permitir na regra a pontuação do líbero, em lances parecidas com o de Nyeme?

Ali não existiu erro do Fluminense. Houve, sim, o mérito da líbero de Barueri. Por justiça, o ponto deveria ser, sim, creditado, para Nyeme (reveja aqui entrevista exclusiva com a atleta).

Preocupada com a espetacularização, com a transformação do vôlei em um evento mais midiático, a FIVB deveria pensar em alterar uma regra simples para dar mais valor aos líberos.

Quem concorda?

Por Daniel Bortoletto