O fim da regra mais tosca da Liga das Nações
Coluna de Daniel Bortoletto sobre as mudanças no regulamento da VNL
Demorou, mas aconteceu. A regra do rebaixamento na Liga das Nações está com os dias contados. A partir do próximo ano, o time com pior campanha da VNL cairá, sem qualquer “proteção” aos mais tradicionais ou mais ricos.
Já tinha passado da hora de a Federação Internacional colocar um ponto final na regra mais tosca, na minha modesta opinião, em regulamentos de competições internacionais de seleções. O anúncio de algumas mudanças na Liga das Nações aconteceu nesta terça-feira (13/2).
Desde a criação da VNL, substituta do Grand Prix e da Liga Mundial, a FIVB definia um grupo de participantes com rebaixamento proibido. Ou seja: uma das seleções “protegidas” poderia perder 12 jogos e ainda assim ser mantida na elite, enquanto um participante fora desta bolha corria o risco de cair mesmo ganhando três, quatro jogos.
E o cenário descrito acima acabou acontecendo. A Coreia do Sul perdeu todos os jogos nas edições de 2022 e 2023 da VNL feminina, ficou em 16º em ambas, mas viu a Bélgica, com quatro vitórias, e a Croácia, com duas, respectivamente, caírem para a Challenger Cup.
Um completo absurdo, totalmente inverso ao que prega o esporte. E precisou se repetir para a mudança acontecer. A partir de agora, o pior será “premiado” com o rebaixamento.
Por Daniel Bortoletto