O lado bom da rivalidade: “O Brasil virou uma potência graças a Cuba”, diz Virna
Em live com a lenda Mireya, Virna admitiu que a rivalidade fez bem ao vôlei brasileiro
Em live na última segunda-feira (01.06) com a lendária ponteira cubana Mireya Luis, tricampeão olímpica e bicampeão mundial, a ex-ponteira da Seleção Brasileira Virna, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996 e Sydney-2000, relembrou a rivalidade entre as duas seleções e disse à ex-rival – agora amiga próxima – que o Brasil se tornou a potência bicampeã olímpica justamente pela rivalidade com as caribenhas.
– A gente é a potência que é hoje graças a Cuba. A gente perdeu tanto para vocês, que foi conseguindo, aos poucos, entender o vôlei de vocês. Lembro que a gente foi para Havana e o Zé Inácio (preparador físico da Seleção Feminina) assistia ao treino físico de vocês para ver se ao menos a gente chegava perto…. A comissão técnica de Cuba falava da necessidade de pegar ferro, de fazer treino de força. Vocês faziam treinamento olímpico. Até então a gente não tinha essa consciência de que a parte física era tão importante. Foi muito bacana ter vivido todas essas situações – disse Virna.
Mireya contou que um dos segredos da supremacia da sua geração, além da força física, era a disciplina tática:
– O Eugenio (Eugenio Goerge Lafita, técnico cubano, tricampeão olímpico e bicampeão mundial, que faleceu em 2014, aos 81 anos) sempre dizia: Tem que aprender a ganhar! Para competir em alto nível, chegar a ser campeão mundial e olímpico, tem que aprender a ganhar. E isso se faz durante os treinos, se chega fazendo o correto no dia a dia – contou a cubana.
– Sempre tivemos como exemplo equipes que tinham disciplina tática, como os Estados Unidos. Ganhando ou perdendo, os Estados Unidos mantinham o equilíbrio tático. Cada jogadora cumpre sempre a sua responsabilidade. E isso sempre foi um parâmetro para nós. Por isso, entendo perfeitamente quando você diz que nossa equipe foi referência para vocês – completou Mireya.