Para Bernardinho, Superliga com 10 times não é ruim

Durante a apresentação da parceria entre Sesc e Flamengo, nesta sexta-feira, na Gávea, no Rio de Janeiro, o técnico Bernardinho respondeu algumas perguntas enviadas previamente por jornalistas para o evento. Ele eximiu a Confederação Brasileira (CBV) de responsabilidade pelas dificuldades encontradas por muitos projetos para a sobrevivência.

Para Bernardinho, uma redução de 12 para 10 participantes na Superliga, por exemplo, não seria uma tragédia.

– É muito simples atribuir responsabilidades à CBV. É um problema do país. Os mercados estão em dificuldades. Vamos pensar e quantas atividades fecharam as portas. É claro que todas as instituições podem e devem melhorar, sempre, mas não. Acho que terá pelo menos 10 times, que não é um número ruim. Como sempre terá times mais fortes e outros mais fracos. Mas teremos uma grande Superliga pela frente – comentou.

Bernardinho usou a próprio fusão dos projetos de Sesc e Flamengo para exemplificar o momento de dificuldade amplificado pela pandemia do coronavírus:

– A união veio também a fortalecer a instituições a passarem pela crise, mas a ideia de fazer algo maior vinha desde antes. O esporte está sofrendo no mundo inteiro. As verbas de marketing das empresas foram reduzidas. Há um redimensionamento de receitas, pagamentos de salários… Todos estão vivendo isso e o esporte não é exceção. Há de haver uma compreensão e temos de encontrar novas formas de chegarmos aos consumidores, já que não os teremos nos ginásios por enquanto. A parceria nos fortalece para sairmos mais fortes. Temos de ter humildade de reconhecer o momento, e é assim para todos, talvez menos na indústria da tecnologia. Sem vitimismos. É fazer de forma consistente e responsabilidade. Governança pauta o Sesc e pauta o Flamengo. Não vamos fazer loucuras e promessas vãs, pois os esporte é maior do que isso. O esporte vai voltar a ser parte importante da vida das pessoas.