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Master - Praia - 14 de novembro de 2023

Pará, craque das areias, joga Vôlei Master na quadra


No final dos anos 90, Pará era referência no vôlei de praia mundial jogando ao lado de Guilherme. Foi campeão mundial em 97 e do Circuito Mundial de 98. Décadas depois, Pará continua um apaixonado pelo esporte e disputa o Vôlei Master 2023. Só que agora, no vôlei de quadra. A competição vai até domingo, no Centro de Treinamento da CBV, em Saquarema. Com quatro títulos em 10 participações no evento, Pará defende o VP Master Team 50+, do Rio de Janeiro.

Hoje com 50 anos, Pará – ou Rogério de Souza Ferreira na identidade – deixou sua Belém natal com apenas 16 anos e rumou para o Rio de Janeiro em busca do sonho de ser atleta profissional de voleibol. No início, chegou a atuar nas quadras, com a camisa do Flamengo. Mas logo formou a vitoriosa dupla com seu grande amigo Guilherme. E o resto foi história.

– Com 16 anos de idade, saí de Belém para participar da seleção brasileira infanto, em Minas Gerais. Acabei sendo cortado e vim passar uma noite no Rio de Janeiro. Um amigo me convidou para fazer um treino no Flamengo. Após o treino, o técnico disse que tinha gostado muito de mim, e me convidou para integrar um timaço, que tinha nomes como Nalbert, Flavio e Levi – recorda.

Naquela noite, ele não dormiu. De um lado, o grande sonho de se tornar atleta profissional de vôlei. Do outro, a distância de casa e a saudade da família.

– Aquela foi uma noite muito difícil. Lembro que me revirava na cama, não consegui dormir. Na manhã seguinte, resolvi ficar no Rio, e liguei para avisar à minha família. Foram três ótimos anos jogando pelo Flamengo. Quando eu já estava no juvenil, recebi um convite do Banespa, que era uma das grandes equipes daquela época, mas o Flamengo cobriu a proposta. Meses depois, fui convidado para jogar um evento na praia com o André Perlingeiro, que era ex-parceiro do Guilherme. Fomos muito bem, e percebi que poderia ter um futuro promissor no vôlei de praia. Pouco depois, o Guilherme me chamou para ser a sua dupla. E assim, começamos a atuar juntos – conta.

Após se aposentar como atleta profissional de vôlei de praia, em 2011, Pará fixou residência no Rio de Janeiro. Atualmente, é empresário e coordenador de Operações do Coletivo Aprendiz, que atende jovens de baixa renda entre 14 e 24 anos.

– Amo esse programa. Nosso principal objetivo é inserir jovens em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho. Na pandemia, em especial, muitos desses jovens se tornaram arrimo de família. Esse é o nosso grande propósito, pois um trabalho muda uma vida – explica.