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Coluna - Paris-2024 - Seleção Brasileira - 27 de junho de 2024

Paris: os dois melhores times do mundo no caminho brasileiro

Daniel Bortoletto analisa o impacto do sorteio para a Seleção Brasileira


Ter o Egito no grupo não é suficiente para o Brasil dizer que teve algum benefício (sorte para quem preferir) no sorteio para os Jogos Olímpicos de Paris no vôlei masculino, nesta terça-feira (26/6).

Polônia e Itália, os outros integrantes do Grupo B, são, para mim, as melhores seleções da atualidade e candidatíssimas a uma medalha na edição olímpica de 2024, aquela com potencial para ser mais equilibrada dos últimos tempos na modalidade.

Líder do ranking mundial, a Polônia foi finalista dos Mundiais de 2014, 2018 e 2022. Venceu os dois primeiros e foi prata no terceiro. Perdeu o ouro justamente para a Itália, em 2022. As duas seleções conquistaram ainda os Campeonatos Europeus mais recentes: os italianos, em 2021, e os poloneses, em 2023, vencendo inclusive a Azzurra na decisão. Na VNL, a edição do ano passado também foi vencida pela Polônia.

O parágrafo acima ajuda a explicar o motivo de eu colocar Polônia e Itália como os melhores times do mundial atualmente, com um ciclo olímpico vitorioso. Nem preciso citar alguns nomes de jogadores renomados para reforçar a tese.

Existe ainda, além da capacidade dos dois rivais, um aspecto na fórmula de disputa olímpica a ser considerado. Com um novo regulamento para estrear em Paris, o vôlei deve descartar o argumento de que pegar um grupo forte na primeira fase pode garantir um cruzamento mais tranquilo nas quartas de final. Antes o melhor de uma chave pegava o pior da outra.

Com três grupos de quatro participantes, brasileiros, italianos e poloneses podem se classificar juntos. Mas… Um dos times pode avançar como um dos dois melhores terceiros e cruzar, de cara, com os melhores primeiros. Assim, um Brasil x Polônia ou um Brasil x Itália, por exemplo, pode se repetir nas quartas de final.

Em resumo, Paris-2024, mesmo com o Egito como rival, não dará vida fácil para a Seleção Brasileira.

Por Daniel Bortoletto