Pelé: “Em 1984, a Atlântica também era a base da Seleção”

Bater um gigante para ser campeão. Essa é a tarefa nada fácil do Fiat Minas na final da Superliga Masculina de Vôlei 2020/21. Depois de perder o primeiro confronto da série melhor de três da decisão, para o EMS Taubaté Funvic, quarta-feira, no tie-break, a equipe comandada pelo técnico Nery Tambeiro precisa ganhar a segunda partida, nesta sexta-feira (16.04), às 19h, novamente em Saquarema (RJ), para empatar o playoff e forçar o terceiro jogo, no domingo. O SporTV 2 transmite. “A missão é difícil, mas não é impossível”, diz Pelé, um dos protagonistas do histórico tricampeonato do Minas na década de 1980 (1984 a 1986), em entrevista ao Web Vôlei.

– Vencemos o primeiro título, o de 1984, em cima da Atlântica Boavista, no Maracanãzinho. Assim como agora, o time deles era a base da Seleção Brasileira. Pedíamos o jogo por 2 a 0 e viramos – relembra o ex-oposto do Minas e da Seleção Brasileira, que hoje vive em Belo Horizonte e segue muito ligado ao clube que o projetou para o vôlei nacional.

O time-base da Atlântica Boavista era: Renan, Bernardinho, Bernard, Badalhoca, Xandó e os argentinos Martinez e Castellani, todos atletas olímpicos.

– Nossa equipe era muito unida. E o Sohn (técnico coreano Young Wan Sohn) teve o mérito de mudar a nossa mentalidade, de nos fazer acreditar no título, quando ninguém acreditava – conta Pelé. Além do tricampeonato dos anos 80, o Minas conquistou o tri novamente em 1999/2000, 2000/01 e 2001/02 e ergueu outra vez a taça em 2006/07. O time não chegava à final da Superliga desde a temporada 2007/2008, quando caiu diante da Cimed/Florianópolis.

– Vejo o Taubaté como favorito sim, com 5 atletas da Seleção Brasileira, mas vejo o Minas com chances de surpreender. Porém, tem de forçar o saque. Os dois centrais deles (Lucão e Maurício Souza) são os melhores do Brasil. Sem forçar o saque fica difícil. A chance do Minas passa por quebrar o passe e em seguida marcar as extremidades. O Minas é um time equilibrado, com muitos jogadores jovens e formados na base, como era o nosso time, e liderado por William e Escobar. Forçar o saque e tirar a primeira bola do Taubaté. Acredito que esse é caminho. Estamos na torcida para que esse título volte para Minas Gerais. Eu acredito que o Minas pode surpreender – disse Pelé.

Pelé com o time do Fiat Minas (Minas/Divugação)