Piacenza alega uso de remédio para covid após doping
Alberto Polo, central do Piacenza, teve doping divulgado nesta semana
O vôlei italiano foi sacudido, no fim desta semana, pelo caso de doping do meio de rede Alberto Polo, do Piacenza. De acordo com o comunicado oficial da Liga masculina, foram encontradas em seu teste, após o jogo com o Trentino, pelas quartas de final, as substâncias Meldonium, Idroclorotiazida, Acb e Testosterona.
O clube saiu em defesa de seu atleta, alegando “que a adversidade do teste está atribuída à ingestão inocente de um medicamento prescrito ao jogador para fins terapêuticos visando a cura de patologias residuais da covid-19”.
É o primeiro caso de doping no vôlei internacional ligado, inicialmente, ao tratamento contra o coronavírus. Suspenso preventivamente, Polo não está jogando os playoffs para decisão do quinto ao oitavo lugares do Campeonato Italiano.
Em nota oficial, o Piacenza “condena veementemente o uso de qualquer substância proibida pela regulamentação em vigor e, profundamente triste, espera que o assunto seja esclarecido em pouco tempo, no conhecimento da absoluta boa fé do atleta e sua equipe médica”.
O Meldonium se transformou na droga mais utilizada por atletas nos últimos anos, segundo a Agência Mundial Antidoping (Wada). Ele é conhecido como um modulador endócrino fabricado com intuito de tratar problemas cardíacos. O diabetes também pode ser tratado com a droga, motivo que levou a tenista russa Maria Sharapova a usá-la durante 10 anos, até ser flagrada no teste antidoping e suspensa, em 2016.
Vários países proíbem o uso da droga, fabricada no Leste Europeu, como Estados Unidos, Brasil e Austrália.