Pinta ansioso pelo nascimento do filho Matteo
Central do Itambé Minas estará em quadra neste sábado pelo Campeonato Mineiro
Neste sábado (17/9), o Itambé Minas entrará em quadra pela segunda rodada do Campeonato Mineiro masculino. A equipe enfrentará o Azulim/Gabarito/Monte Carmelo neste início de caminhada atrás de um título que não conquista desde 2007. Para o central Matheus Pinta, a ansiedade para ocupar o lugar mais alto do pódio na competição só é superada, no momento, pelo nascimento de Matteo, fruto de sua união com Amanda, e que chegará em novembro.
– Está sendo tudo novo para mim. Estou vivenciando tudo com a chegada do Matteo e amando cada fase da gravidez. Estou muito feliz porque os filhos são uma benção – afirmou Pinta, que já é pai de Ana Sophia, de três anos, de outro relacionamento, e que mora em São Paulo com a mãe.
Eleito um dos melhores centrais da última Superliga, Pinta terminou a competição como terceiro melhor bloqueio, com 58 pontos, e ocupou a mesma posição no saque, com 32 aces. Além disso, teve o segundo melhor aproveitamento no ataque, com 62% de eficiência. O atleta, no entanto, não sonhou sempre em ter o vôlei como profissão.
– Sempre gostei de futebol, desde criança, e queria seguir nessa carreira. Jogava na rua com os amigos. Joguei nas categorias de base no Sesi de Brasília (sua terra natal). Queria ser atacante, mas o professor queria me colocar na zaga, e eu não gostava. Ele me disse que eu era muito grande, para tentar outro esporte. Lá mesmo tinha o Projeto Atletas do Futuro e entre as modalidades tinha vôlei. Eu era o único homem da turma. Acabei trocando e até hoje não me arrependo – afirma o central do Minas, que começou a jogar na APCEF/DF, aos 16 anos, com Jerônimo Perdomo, responsável por revelar muitos atletas, entre eles Théo e Tande.
Matheus Pinta revela que conheceu seu maior ídolo no vôlei antes mesmo de começar a jogar: o cubano Simon.
– Tinha visto os vídeos dele e pensei: um dia quero ser igual a esse cara. Eu não tinha noção de nada. O Simon é fora da curva, muito diferenciado dos outros centrais. Da seleção brasileira, o Bruninho e o Lucão também são bem diferenciados – disse Pinta, que chegou a ser convocado pelo técnico Renan dal Zotto para a Liga das Nações deste ano, mas acabou cortado a menos de 20 dias do início da competição devido a um edema ósseo na coluna. Foram dois meses de recuperação, perdendo a chance de disputar VNL e Mundial.
– O vôlei me proporcionou tudo até hoje e não sei o que seria da minha vida sem ele. Minha mãe (Dayse Lee) sempre me apoiou. Sou de uma família humilde e hoje posso sustentar e dar uma condição melhor para a minha família, meus filhos. Não imaginava chegar aonde cheguei. Sou muito grato por tudo o que o vôlei tem me proporcionado – concluiu o central de 26 anos.