Praia, por continuidade, avança para manter irmãs Martinez

Nenhum time do mundo assimilaria com facilidade a saída de uma jogadora como Fernanda Garay, que anunciou o desejo de ser mãe após os Jogos Olímpicos de Tóquio. Até por isso, o Dentil/Praia Clube se esforça para manter a maior parte do elenco da última temporada para 2021/2022 para sair na frente no quesito entrosamento. E, dentro desta linha de raciocínio, entra em cena a renovação da dupla dominicana Brayelin e Jineiry Martinez.

As irmãs são peças-chave no time de Paulo Coco e estão com as tratativas para permanência no Brasil avançadas. A oposto Brayelin terminou a última Superliga como terceira maior pontuadora (403 acertos), atrás apenas Polina Rahimova (Sesi Bauru) e Tandara (Osasco São Cristóvão Saúde). Já a central Jineiry foi a segunda colocada na eficiência de ataque, terminando com o mesmo aproveitamento da líder Thaísa: 55%. Ela forma uma dupla de respeito com Carol no meio de rede, com funções complementarem no bloqueio e no ataque.

Nomes certos na convocação do brasileiro Marcos Kwiek para os Jogos de Tóquio, as irmãs dominicanas formarão a espinha dorsal do Praia 21/22 e serão importantes para o time seguir no topo mesmo sem sua principal referência nos últimos anos. Para o time funcionar, porém, a nova linha de passe se transforma na principal incógnita.

Terceira estrangeira do time, a holandesa Anne Buijs não tem essa característica como principal em seu jogo. Tainara, uma das caras novas, também não. Kasiely, outro reforço a ser confirmado, fazia um pouco desta opção como reserva do Itambé/Minas, entrando para dar segurança para a recepção quando Megan Easy ou Pri Daroit oscilavam.  Será uma função bem parecida com a feita por Michelle na última Superliga, jogadora que ganhou espaço nas finais justamente por equilibrar o fundamento. A química deste trio será fundamental para o funcionamento do “novo velho” Praia.