
Pri Daroit supera corte e confirma: “Encerrou o ciclo”
A ponteira Pri Daroit, do Gerdau Minas, foi entrevistada pelo Web Vôlei, na noite desta segunda-feira, em live no YouTube. E durante uma hora ela respondeu sobre a carreira, a temporada complicada por conta de um problema no joelho, a relação com Nicola Negro, o carinho dos fãs, os planos de ser mãe e também sobre como a terapia ajudou a superar o corte antes dos Jogos Olímpicos de Paris, no ano passado.
Uma postagem na rede social e o choro compulsivo com a terapeuta, no dia seguinte, auxiliaram Pri Daroit a começar a superar o baque. Assim começou a aceitar que não realizaria mais o sonho profissional. Menos de um ano depois, ela fala com naturalidade e demonstra maturidade sobre como virou a página.
“Tem sonhos na vida que a gente não consegue realizar e tudo bem. Não me arrependo de nada, de ter voltado para a Seleção, de ter conhecido pessoas novas… Eu digeri o corte até muito bem. Deus tem resposta pra isso. Fui cortada numa quinta à noite, cheguei em BH na sexta. Fui pra terapia e chorei muito, muito, muito. Eu fiz o que tinha de ser feito. Se não foi suficiente, paciência… Foge da minha alçada. Não depende só de mim”, contou Pri Daroit, que chegou a se emocionar ao abordar o assunto.
“Torci para o grupo do mesmo jeito. Tem coisas que não são pra você. Isso não faz de mim uma jogadora pior ou melhor. Teve muito aprendizado. Hoje estou tranquila com as minhas decisões e consegui digerir. Aí que a gente vê que amadurece. Parece que você sai de um Big Brother. Você vive aquilo quatro, cinco meses e aí volta pra casa. Lembro que acordei sexta em casa, vi o post da Carol e chorei. Parecia que não era verdade que segunda-feira eu não iria voltar pra Saquarema. Não tenho mágoa. Fiz minha parte, meu papel. Mas muito tranquila com as minhas decisões”, revelou.
Aos 36 anos, ela diz que a passagem pela Seleção Brasileira acabou, evitando qualquer especulação sobre disputar neste ano a Liga das Nações (VNL).
“Não quero mais voltar para a Seleção. Meu tempo e meu ciclo se esgotaram. Vou fazer 37 anos, estou sofrendo muito com com eu joelho. Ao mesmo que é muito gostoso o reconhecimento, é muito desgastante também. Bato palmas para as meninas que ficam 10, 12 anos nesse ritmo, clube, seleção, viagens longas, campeonatos longos. O desgaste é muito grande (…) Quando fui cortada eu falei: Gente acabou! É uma coisa bem trabalhada. Encerrou o ciclo e tudo bem. Foi muito bom no tempo em que estive lá. Estou muito bem resolvida”.