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Superliga - 24 de janeiro de 2020

Problema financeiro faz Maringá “ceder” mando ao Cruzeiro

Jogo do returno, que seria em Maringá, acontecerá novamente em Contagem


Nada de um jogo em casa e outro fora. Os dois confrontos entre Denk Maringá e Sada Cruzeiro, pela fase de classificação da Superliga masculina, terão um mesmo ginásio como sede.

O jogo do returno, que aconteceria na cidade paranaense, no Chico Neto, no próximo dia 6 de fevereiro, será realizado em Contagem, no Ginásio do Riacho. A partida do turno, em 23 de novembro, já foi disputada na casa dos mineiros.

A mudança aconteceu em comum acordo entre os clubes, a pedido de Maringá, em crise financeira, com a intenção de cortar os custos de organização de uma partida como mandante (segurança, iluminação, etc).

O Sada Cruzeiro, que teria custos de hospedagem e alimentação em Maringá, arcará com tais despesas do rival em Minas Gerais. Já as passagens aéreas em toda a competição são pagas pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), com o patrocínio da Gol, despesa então que o time do Paraná já não terá.

Recentemente, o oposto Lorena deixou o Maringá e se transferiu para Lavras para jogar a Superliga B, por conta dos salários atrasados. O clube paranaense confirma o atraso dos últimos três vencimentos dos atletas.

A crise é tão grande que foi lançada uma campanha na internet para arrecadar fundos para ajudar o projeto de Maringá. A “vaquinha virtual” tem uma meta ousada: arrecadar R$ 1,8 milhão para completar os custos da temporada. Até agora foram conseguidos R$ 460,00. E o texto da campanha faz um alerta de Maringá abandonar a Superliga no decorrer do returno.

“O Maringá Vôlei, fundado pelo campeão olímpico Ricardinho, se mantém com muito esforço disputando um dos campeonatos mais importantes do mundo, que revela inúmeros jogadores de destaque internacional. Até agora foram 6 temporadas na competição, chegando aos playoffs em 2013/2014, 2014/2015 e 2018/2019. O Maringá Vôlei precisa de ajuda para se manter na Superliga 2019/2020, já que se encontra em condições financeiras muito complicadas. O único patrocinador, que tem exclusividade para expor a marca dele no time, não repassa os pagamentos há 3 meses. Sem dinheiro, o time não consegue se manter no campeonato e corre o risco de ter que abandonar a Superliga no meio da competição. São mais de 30 famílias com salários atrasados envolvidas diretamente no projeto”, diz a ação na internet.

Mesmo em situação complicada, Maringá faz uma campanha bem digna na Superliga, ocupando a sétima colocação, com 17 pontos, quatro à frente da Apan Blumenau e do Vôlei UM/Itapetininga. Hoje, o time está classificado para os playoffs.

Enfim, mais um capítulo triste da crise financeira de vários participantes da Superliga, com retratada na coluna recente de Daniel Bortoletto.