Radamés Lattari é eleito presidente da CBV por aclamação
No cargo desde 2023, dirigente competiu em chapa única, ao lado de Gustavo Toroca, e seguirá à frente da entidade para o ciclo 2025-2029
Radamés Lattari foi eleito, por aclamação, presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) para o ciclo 2025-2029. A eleição aconteceu nesta quarta-feira (15/1), na sede da CBV, no Rio de Janeiro, e teve a chapa Avança Vôlei Brasil, composta também por Gustavo Toroca (vice-presidente) como concorrente única.
O Colégio Eleitoral é constituído por 102 integrantes: as 27 federações estaduais; quatro atletas das Comissões Nacionais (dois da comissão de voleibol de quadra e dois da de praia); 54 atletas das Comissões Estaduais (dois por unidade federativa, sendo um representando a praia e outro, a quadra); oito medalhistas olímpicos (quatro de praia e quatro de quadra); e nove clubes. A votação ocorreu em formato híbrido.
Radamés Lattari é formado em Educação Física. Foi técnico da seleção masculina entre 1997 e 2000, dirigindo a equipe nos Jogos Olímpicos de Sidney, e supervisor da seleção feminina por sete anos. Na CBV, passou por diversas áreas, sendo inclusive diretor executivo e diretor de vôlei de quadra e de praia. Então vice-presidente, assumiu o comando da entidade em junho de 2023, com o falecimento do presidente Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca.
– Estou muito feliz de ter sido escolhido para presidir a CBV nos próximos quatro anos. Quero honrar o legado do Toroca, que será sempre uma referência de amor ao voleibol. Tivemos importantes conquistas nos últimos meses, ao lado de atletas, clubes, Federações Estaduais, parceiros comerciais e toda a equipe CBV. Nos Jogos Olímpicos de Paris, o Brasil foi o único país a conquistar medalhas nas duas modalidades, com o ouro de Duda/Ana Patrícia e o bronze da seleção feminina. Mas também buscamos a excelência além das quadras. A CBV aderiu o Pacto Global da ONU, se tornou uma entidade carbono neutro e pela primeira vez recebeu nota máxima no Programa de Gestão, Ética e Transparência do Comitê Olímpico do Brasil – comentou Radámes.
No período em que ficou à frente da CBV, Radamés inaugurou a sede própria da Confederação, na Barra da Tijuca, adquirida durante a gestão de Toroca. Também renovou a parceria com a região francesa de La Moselle, garantindo que o vôlei brasileiro tenha seu CT na Europa até 2028. E em 2024 potencializou a conexão entre craques e torcida com a realização de um número recorde competições no Brasil. Foram duas etapas da Liga das Nações, seis etapas do Circuito Mundial de vôlei de praia e 10 etapas do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. E em ação inédita de lançamento do uniforme olímpico do vôlei brasileiro, vestiu o Cristo Redentor com a camisa da seleção brasileira.
– Tenho orgulho de continuar esse trabalho, agora como presidente eleito da CBV, e dividir essa responsabilidade com meu vice, Gustavo Toroca, que além da competência, traz o amor e a dedicação de sua família pelo voleibol. Agradeço a todos que apoiaram a candidatura da nossa chapa. Estamos prontos e animados para um ciclo olímpico de muito trabalho e desafios – acrescentou Radamés Lattari.
Para a base, a gestão desenvolveu projetos específicos, que incluíram clínicas por fundamentos, camps de treinamento, intercâmbios internacionais e 12 edições do projeto “Mentalidade Vencedora”, com palestras de grandes ídolos. No Campeonato Mundial de 2023, a seleção sub-21 feminina conquistou o bronze, e nos Sul-Americanos de 2024, foram três medalhas de ouro e uma de prata.
Outra marca da gestão foi tornar o voleibol um agente na construção de um mundo melhor, mais justo e mais humano. Além da reformulação do Comitê de Ética, a CBV lançou duas grandes campanhas, sobre o uso consciente das redes sociais e contra qualquer tipo de preconceito. Nas competições nacionais, foi implementado um regulamento que tornou mais rígidas as punições para atos discriminatórios. O programa “Esporte Seguro” combate situações de assédio e abuso, com palestras para atletas de base sobre tema.
A conexão com os fãs, principalmente os mais jovens, também foi foco do trabalho: o vôlei brasileiro teve produtos licenciados em sua própria loja on-line – inclusive um toy art especial do vôlei –, e lançou o álbum de figurinhas virtual do esporte e uma nova mascote para a Superliga. Hoje, a CBV soma mais de 3 milhões de seguidores em suas redes sociais. Sob a liderança de Radamés, a CBV ainda fechou uma parceria para aumentar a eficiência energética do Centro de Desenvolvimento do Voleibol (CDV), em Saquarema, que vai ganhar cara nova e vai ficar ainda mais completo para receber as seleções de quadra e as duplas de vôlei de praia no novo ciclo olímpico.