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Destaques - Superliga - 18 de dezembro de 2018

Justiça bloqueia bens de Ricardinho por suspeita de desvio de dinheiro público


Por decisão do juiz Nicola Fascati Junior, da 2ª vara da Fazenda Pública de Maringá, os bens do campeão olímpico e mundial Ricardinho foram bloqueados pela Justiça.

A informação foi publicada nesta terça-feira pelo Portal GMC Online de Maringá, do mesmo grupo da Rádio CBN da cidade paranaense.

Segundo apuração dos veículos, a Promotoria de Patrimônio Público encontrou indícios de desvio de dinheiro público após a realização de dois jogos da Seleção Brasileira em Maringá, em 2014, pela extinta Liga Mundial, e também na final da Copa Brasil.

Na ocasião, a prefeitura local, por intermédio da secretária de esportes, repassou R$ 880 mil para o Maringá Vôlei, projeto presidido por Ricardinho. Segundo o Ministério Público, apenas parte deste valor (R$ 204 mil) foi gasto e teve justificativa.

Ainda segundo a investigação, a quebra do sigilo bancário mostrou que R$ 523 mil foram retirados em espécie da conta do Maringá Vôlei, sendo posteriormente depositados em parte na conta de Ricardinho e também na da sogra Maria do Carmo Panza, diretora do time.

Carmem, o Maringá Vôlei e o tesoureiro Rogério Leandro Rodrigues também tiveram os bens bloqueados. O MP alega desvio de R$ 847,9 mil e pediu o ressarcimento do valor.

Por intermédio da assessoria, o Maringá Vôlei diz não ter feito qualquer contratação de serviço, já que a Confederação Brasileira de Vôlei era a detentora dos direitos de realização dos jogos. Confira a nota na íntegra:

“A Assessoria de Imprensa do Maringá Vôlei e do Ricardinho informou, por meio de nota, que o questionamento do Ministério Público não se trata de atividades cotidianas desenvolvidas pela associação e pelo Ricardinho, mas sim de dois eventos isolados realizados em 2014 – Copa Brasil e Liga Mundial. Esclarece ainda que o Maringá Vôlei não fez qualquer contratação com a Prefeitura de Maringá e sim com a CBV – Confederação Brasileira de Voleibol, única detentora dos direitos de promover jogos da Copa Brasil e Seleção Brasileira. É importante ressaltar que todos os serviços contratados foram realizados e que as devidas prestações de contas foram feitas para a CBV. Inclusive esses eventos muito contribuíram com a economia, incentivando o esporte e o turismo. Os amistosos foram feitos exatamente nos mesmos moldes que são feitos todos os anos nos diversos municípios do Brasil. Esclarece também que em nenhum momento o Maringá Vôlei, Ricardo Bermudez Garcia e Maria do Carmo Panza receberam notificação judicial para prestar contas dos eventos. No entanto, eles declaram, nesta oportunidade, que estão à disposição da Justiça para que os fatos sejam esclarecidos. Por fim, Ricardinho ressalta que tudo foi feito na mais absoluta lisura, como será apurado”.

Rebaixado na temporada passada, o Copel Telecom/Maringá disputa a atual Superliga na vaga de Canoas, que abdicou do direito por problemas financeiros. Na atual competição, Maringá é a principal surpresa nesta reta final do primeiro turno, ocupando o quinto lugar, atrás apenas dos gigantes Sesc, Sada/Cruzeiro, Sesi e EMS/Taubaté.