Roberta: “Eu me sinto muito melhor nesta temporada”
Levantadora brasileira ajudou o LKS Lodz a se classificar para a semifinal da Liga Pol
A levantadora Roberta Ratzke admite alívio em sua segunda temporada na Polônia. Nesta terça-feira, no mesmo dia em que ela ajudou o LKS Lodz a vencer o Pałac Bydgoszcz por 3 sets a 0 (25-23, 25-20 e 25-13) e se classificar para a semifinal do Campeonato Polonês, o clube publicou uma entrevista da brasileira contando sobre o bom momento que vive.
Esta é a segunda temporada de Roberta fora do Brasil, e a segunda no LKS Lodz. Mesmo experiente e com medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio no currículo, a levantadora não esconde as dificuldades enfrentadas no início da experiência.
– A última temporada foi muito difícil para mim. Eu estava um pouco deprimida e não estava na minha melhor forma para jogar. Lutei contra muitas adversidades. O mais difícil para mim foi lutar com a mente e o corpo. Acho que isso acabou me tornando mais forte, não só como atleta, mas também como pessoa, porque sei que ainda tenho muito o que trabalhar. Eu me sinto muito melhor nesta temporada – comentou, em entrevista ao site oficial do clube.
– Ainda estou me acostumando com muitas coisas. A anterior foi minha primeira no exterior, então foi difícil de entender. Eu passo a maior parte do tempo aqui no inverno, então foi ainda mais complicado me acostumar com o frio e o escuro. Foi a pior parte – lembrou a brasileira.
Roberta aproveitou a oportunidade para destacar que teve, além do frio polonês, outras dificuldades no Velho Continente. Ela busca dar mais um título do Polonês para o clube, que foi campeão em 2020 e 2021.
– Claro que sinto falta do meu país em termos de comida e clima, sinto falta dos meus amigos, mas acho que o nível do campeonato é bom o suficiente para estar muito feliz com a minha vida e com a forma como trabalho este ano – completou Roberta.
Experiência com o Brasil
Pela Seleção Brasileira, Roberta conquistou ouros nos Grand Prix de 2016 e 2017. Já no ano passado, ficou com o vice na Liga das Nações. Ao contrário da vida na Polônia, ela parece estar 100% adaptada a jogar sendo vista pelo mundo todo.
– Posso dizer que é uma experiência mágica. Você está em uma vila com jogadores de todo o mundo, você vê pessoas que você só vê na TV todos os dias. Quando ganhamos uma medalha, tudo ficou ainda mais real. É uma experiência louca, eu realmente gostaria que todos os meus amigos e todas as pessoas que sonham com isso pudessem participar. A medalha é muito pesada. Fiquei muito apaixonada quando a vi – concluiu Roberta, de 32 anos.