Roberta fala sobre as finais da Tauron Liga
LKS Lodz, time da levantadora brasileira, empata a série em melhor de cinco com o Rzeszow
A levantadora Roberta concedeu uma entrevista ao site oficial da Tauron Liga, o Campeonato Polonês feminino. Neste domingo (7/5), o LKS Lodz, time da brasileira, empatou a decisão em melhor de cinco diante do Rzeszow, de virada, após sair perdendo por 2 a 0.
Na entrevista, Roberta analisa o playoff final, fala sobre a lesão da ponteira Gorecka no tie-break ontem e ainda sobre as perspectivas para o restante da série.
SOBRE A VIRADA NA 2ª PARTIDA DA FINAL
Foram muitos altos e baixos nesta partida. Foi muito importante mantermos nossa fé na vitória para virarmos o rumo deste encontro. Passo a passo, tentamos reorganizar nosso jogo e jogar com menos tensão. Isso nos manteve no jogo o tempo todo e é nisso que nos concentramos. Acreditávamos que poderíamos virar este jogo e vencê-lo. Aos poucos, reconstruímos nosso jogo e encontramos soluções que nos permitiram tomar a iniciativa. No início da partida, nossas rivais venceram com muita facilidade e pontuaram muito rápido. Tivemos grandes problemas no bloqueio e na defesa. O mais importante, porém, foi terminar esta partida da forma como jogamos praticamente ao longo da temporada, ou seja, como um time, com um esforço conjunto, com muita ajuda das meninas saindo do banco (até Roberta chegou a ser substituída e voltou no quinto set). Isso fez a diferença. Este jogo exigiu muita paciência.
COMO PARAR ANN KALANDADZE
A chave era que estávamos tocando a bola cada vez mais após seus ataques, seja bloqueando ou defendendo, então estava ficando cada vez mais difícil para ela marcar pontos diretos. Além disso, o saque não era tão regular e eficaz como antes. É muito mais fácil jogar quando você não sente tanta pressão do seu oponente. Mas quando vem a pressão, é ainda mais difícil. De nossa parte, sabíamos que tínhamos que finalmente parar Ann Kalandadze e tínhamos o pressuposto de fazê-lo desde o início da partida, e não apenas a partir do terceiro set.
A LESÃO DE GORECKA NO TIE-BREAK
Este foi definitivamente o momento mais difícil desta partida. Anteriormente, passamos por uma situação semelhante durante a partida da Champions League contra o Fenerbahce, quando Klaudia Alagierska sofreu uma lesão. Aí as emoções se acumulam, porque todos nós sentimos muita tristeza pelo infortúnio que se abateu sobre uma companheira de equipe. É difícil manter o foco no jogo em um momento como este, mas nos mantivemos unidas e estávamos muito empenhadas em levar a vitória especialmente por ela. Esta não é uma situação fácil para nós, pois esta é a segunda lesão grave nesta temporada. No entanto, estou convencida de que isso nos unirá ainda mais e nos motivará a lutar.
TERCEIRO JOGO NA QUARTA EM LODZ
Com certeza precisamos de um começo de jogo melhor do que nos dois primeiros jogos. Acho que emoções não vão faltar até o final e as duas primeiras finais provam isso. A partir do jogo 3, podemos ver uma luta mais equilibrada do início ao fim. Acho que o nível de jogo será mais estável em ambos os lados. As duas equipes se conhecem o suficiente para não terem nada que possa surpreender de lado a lado.
UMA DECISÃO ESPECIAL?
Uma final é sempre final, independentemente de ser na seleção, no campeonato nacional ou internacional. É sempre especial jogar partidas como esta. Aqui na Polónia as emoções estão muito altas, porque ambas as finalistas têm um excelente público. Nos primeiros jogos da final vimos ginásios cheios e grande apoio dos torcedores. Foi ótimo em Rzeszow, e em alguns dias vamos experimentar uma atmosfera incrível novamente em nossa casa em Lodz. Jogando partidas assim você sempre sente emoções especiais.