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Internacional - Seleção Brasileira - 20 de outubro de 2025

Roberta sobre Aninha e Bergmann: “Vejo esse crescimento de ambas”


A levantadora Roberta acompanha de camarote, em Istambul, na Turquia, o desenvolvimento das jovens ponteiras Ana Cristina e Julia Bergmann.

No THY, ela divide a quadra com Julia, enquanto vê Aninha ganhando espaço temporada após temporada no Fenerbahce. E, para Roberta, quem ganha com a evolução da dupla é a Seleção Brasileira.

Durante a entrevista exclusiva para o Web Vôlei, publicada neste domingo, no YouTube, a levantadora falou sobre as ponteiras, ao ser questionada sobre a possibilidade delas assumirem, em um próximo ciclo olímpico, a liderança do grupo brasileiro.

– Eu vejo assim realmente elas se entendendo. É que a Aninha já faz um tempo que está com a gente. Às vezes a gente esquece que ela é nova, né? A gente não pode esquecer que ela também é novinha. Vejo esse crescimento de ambas, elas se tornando muito mais sólidas – comentou Roberta. – Elas ainda vão crescer, amadurecer e ajudar o Brasil. Muito mais do que elas já oferecem hoje.

EVOLUÇÃO NÍTIDA

Ao comentar sobre Julia Bergmann, Roberta lembrou da formação da jovem nos Estados Unidos, dividindo estudo e vôlei, atuando na NCAA, até a formatura em Georgia Tech. Por ter escolhido esse caminho, a ponteira “atrasou” o processo de profissionalização.

– É a terceira, a terceira temporada dela como profissional. E é isso mesmo: a terceira temporada como atleta profissional. Antes disso, ela estava lá nos Estados Unidos e foi colocada agora num cenário completamente diferente das ligas de colegial. E, se você olhar o que ela fez da primeira temporada e o que vem fazendo agora, é um crescimento absurdo. Quando a gente vê que ela ainda peca em algumas coisas ou tem alguns momentos de dificuldade que todo mundo tem, eu só penso o quanto ela ainda pode crescer, né? Você vê a margem que ela ainda tem. E com o passar dos anos, eu tenho certeza que isso vai acontecer.

A evolução no passe, segundo Roberta, confirma o processo de crescimento contínuo de Julia Bergmann.

– Ela foi caçada durante essas últimas duas temporadas e o passe dela melhorou muito. Isso vai trazendo confiança. É uma menina que quer muito. Ela fica brava com o treino, fica frustrada, quer entender… Então isso tudo é muito bom. Você vê que ela quer mais, não está satisfeita. Tem toda a minha torcida. Eu acho que ela tem muito a melhorar ainda. Mas eu vejo do primeiro para o terceiro ano dela como profissional uma mudança grandiosa.

OUTRO TALENTO BRASILEIRO

Ao falar sobre Ana Cristina, a levantadora lembra da precocidade da ponteira do Fener. As duas estiveram juntas nos dois últimos Jogos Olímpicos, com a prata conquistada em Tóquio-21, e o bronze, em Paris-24.

– Aninha começou com a gente lá desde novinha. E foi colocada sempre uma responsabilidade, um peso muito grande nela. Acho que muitas vezes esqueciam quanto ela ainda era nova, 19, 20 anos… Ela cresceu muito. Toda vez que eu encontro com ela aqui falo assim: “Mas você cresceu mais?” Ela é muito mais forte, né? Tem um físico incrível e acho que ela foi se encontrando realmente. Hoje ela sabe a potência que ela tem, a altura que ela vai, onde ela pega a bola… Passa muito bem, um diferencial no bloqueio, um saque muito bom. Uma menina completa. Infelizmente sofreu com lesões nos últimos dois anos e tem todo um processo para essa retomada – analisou Roberta.

– Às vezes a gente joga contra uma Vargas, uma Arina aqui do Fener. E a Aninha está ali na mesma potência. Então assim, muitas vezes todo mundo fala: “A Vargas, a não sei quem, a Aninha”. A Aninha é nossa e tão grande, tão forte quanto.