
Rosamaria aponta “ótima troca” entre opostas para novo ciclo
Após temporada de destaque no Japão, atacante de 31 anos se anima com disputa por posição com Tainara, Kisy e Jheovana na VNL
Uma complementa a outra. É assim que Rosamaria encara a disputa por posições entre as opostas da Seleção Brasileira, que inicia o ciclo olímpico na próxima semana, na etapa do Rio de Janeiro de Liga das Nações (VNL). Aos 31 anos, a atacante é a mais experiente entre as convocadas por José Roberto Guimarães na posição e garante que a troca entre as concorrentes tem sido “ótima”. A estreia na quarta-feira (4/6), contra a República Tcheca, às 17h30, no Maracanãzinho.
Além de Rosamaria, o técnico José Roberto Guimarães convocou Kisy e Tainara, de 25 anos, e Jheovana, de 24, para uma disputa na saída de rede que promete intensidade. Rosa se despediu dos Jogos Olímpicos de Paris, no ano passado, na condição de titular e com a medalha de bronze no peito, em um elenco que contava com Tainara. Todas as postulantes vêm de boas temporadas por seus clubes.
– Nossa troca tem sido ótima. Quanto mais jogadoras tivermos em todas as posições, melhor. Ficamos mais felizes e a briga será mais saudável. Temos atletas com características totalmente diferentes. Isso é muito importante para uma Seleção Brasileira. Eu, que pude jogar na ponta e na saída na minha carreira pelo Brasil, sei o quanto é importante para o vôlei brasileiro contribuir de todas as formas possíveis. As meninas vão chegar para agregar e ganhar experiência. Esse é o espírito de uma Seleção. Vai ter momentos de uma, vai ter da outra, mas o importante é darmos o nosso melhor para quando aparecer o momento de entrar em quadra – disse Rosamaria ao Web Vôlei, durante o lançamento da nova linha de uniformes da Seleção, fornecida pela Volt.
Rosamaria foi destaque no Denso Airybees no Campeonato Japonês em 2024/2025. Segunda maior pontuadora da liga, a brasileira ganhou o prêmio de jogadora mais impressionante e entrou no time ideal da competição. Medalhista com a Seleção em Tóquio-2021 e Paris-2024, ela ganhou alguns dias de férias após encerrar a participação no Japão. A intenção da atleta é repetir o mesmo sucesso na equipe verde-amarela.
– Jogar no Japão é uma experiência completa, de esporte e de vida. É compreender uma escola completamente diferente. Foi um campeonato muito duro esse ano, com muitos jogos. Eu nunca tinha disputado essa quantidade de partidas. Aprendi bastante, semana após semana, fisicamente, tecnicamente e mentalmente. Mas acho que aproveitei muito bem e tive o respaldo de ótimos profissionais. Foi divertido e muito especial. A responsabilidade que eu tive lá vai me ajudar agora na Seleção. Espero reproduzir aqui o que consegui fazer lá. A defesa é um diferencial. Eu tentava no dia a dia aprender algo novo, afinal elas são especialistas. É bonito de ver. Tenho muito a evoluir ainda, mas foi uma experiência enriquecedora.
Na sequência após a estreia contra as tchecas, o Brasil enfrenta os Estados Unidos, no dia 5/6, às 21h; a Alemanha, no dia 7/6, às 13h30, e a Itália, no dia 8/6, às 10h. O Brasil busca o título inédito da Liga da Nações, competição que substituiu o antigo Grand Prix a partir de 2018.