São Paulo/Barueri busca regularidade para surpreender
Qual será o São Paulo/Barueri que enfrentará o Osasco/São Cristóvão Saúde, na primeira das duas partidas do confronto que apontará um dos finalistas do Campeonato Paulista Feminino? Será a equipe sem confiança que iniciou as partidas contra o Sesi Bauru e o próprio Osasco? Ou o time vibrante e agressivo que reagiu no primeiro set da partida anterior e venceu a terceira parcial, impondo-se sobre um dos elencos mais caros do país? A resposta será dada a partir das 19h, no ginásio José Corrêa, em Barueri.
Lorrayna, a canhota que entrou a partir do segundo set da partida da última terça-feira, aposta o caminho:
– Se fizermos o que deve ser feito taticamente e formos mais agressivas, diminuirmos os erros e confiarmos na nossa capacidade, vai ser muito difícil de nos parar.
Contratada ao Pinheiros, Lorrayna acha que deu um bom passo importante na carreira ao se juntar ao time que detém o título do Paulista do ano passado.
– Estou muito feliz por ter a oportunidade de trabalhar com o Zé. Nosso time é muito novo e ainda estamos em fase de aprendizado, de buscar progressos. Com ele, tenho certeza de que vamos evoluir cada vez mais – disse.
Lorrayna tem a bicampeã olímpica Sheilla como referência na modalidade. Em setembro, a consagrada oposto se juntou ao elenco do Tricolor, no CT Sportville, com o objetivo de se manter em forma visando à Liga Americana, que tem início previsto para fevereiro.
– Ela me ajudou bastante nos treinos, me passando algumas dicas.
Natural de Taubaté, Lorrayna tinha aspirações de ser ginasta nos tempos de garota, mas seu biotipo não era muito compatível com o esporte de Daiane dos Santos e Flávia Saraiva.
– Era muito alta. Fiz minha primeira aula, mas foi bem complicado. Quando estava indo embora, o André, técnico do time de vôlei, nos parou e perguntou à minha mãe se não gostaríamos de tentar esse outro esporte. Pelo fato de eu ser alta, ele via futuro pra mim. Minha mãe já gostava da modalidade e fui encaminhada para a escolinha. No mesmo dia comecei a participar e amei.
Quando tinha seus 16 anos, Lorrayna chamou a atenção do próprio Luizomar de Moura, que comanda Osasco. Naquela época, ele já dirigia Osasco, e detinha também o cargo de treinador da Seleção Brasileira Juvenil. Ela conquistou o título do Sul-Americano e fez parte da equipe que obteve a quinta colocação no Mundial da categoria, no Peru.
FALA, PROFESSOR!
Para José Roberto Guimarães, o jovem time de Barueri ainda irá oscilar. É parte do aprendizado:
– No terceiro set nós já vimos um jogo melhor. Essa oscilação é algo próprio de jogadoras jovens, que nunca tiveram a oportunidade de disputar partidas desse nível. Temos jogadoras talentosas e estou convicto de que elas podem render mais.
Fazendo uma comparação entre o Sesi Bauru, que terminou invicto a fase de classificação, e Osasco, que sofreu uma derrota, Zé Roberto não chega a diferenciá-los em termos de nível de dificuldade.
– Vejo o time de Bauru com uma bola alta com eficiência muito grande, com a Tifanny e com a Polina (a oposto azeri Polina Rahimova). Já Osasco é um time que tem potencial para render ainda mais. Algumas grandes opções, como a Jaqueline e a Bia, não foram usadas contra nós. De qualquer forma, são duas equipes que estão num nível acima, sem dúvida – comparou.