Sem poder sair da Arábia, argentino diz: “Estou desesperado”
Federico Pereyra defendia o Al Hilal
O oposto argentino Federico Pereyra admitiu estar desesperado por não conseguir deixar a Arábia Saudita e voltar para casa. O jogador, de 31 anos e com passagem pelo vôlei brasileiro por Montes Claros, na temporada 2011/2012 e presença em convocações recentes de Marcelo Mendez, defendia o Al-Hilal quando as fronteiras do país foram fechadas por conta da pandemia do coronavírus.
– Estou desesperado e bastante preocupado porque, por enquanto, não tenho como voltar – disse Pereyra, que está em Riad, capital da Arábia Saudita, em entrevista publicada pelo site La Nueva.
Pereyra está na cidade desde novembro e em contato com a embaixada no país. A esposa e o filho de dois anos o acompanharam durante parte da temporada, mas conseguiram voltar para a Argentina antes do agravamento da crise sanitária, em meados de março.
No Al-Hilal, ele era comandado pelo compatriota Waldo Kantor. Mas o treinador conseguiu voltar após uma surprendente decisão da diretoria. Kantor comandou o time ao bicampeonato da liga local com apenas uma derrota em duas temporadas.
– Depois de perder o primeiro jogo do campeonato de 2020, o primeiro, que para mim foi a segunda derrota em três temporadas, meu contrato foi rescindido – explicou Kantor, um dos integrantes da geração argentina na conquista do bronze nos Jogos Olímpicos de Seul-88.
– Viver a temporada lá é difícil sem quarentena, então imagino o que deve estar sendo difícil para o Fede – emendou Kantor, citando o oposto.
Pereyra disse que está sem receber os salários desde março. O último jogo foi no dia 3 de março.
– Eles nos disseram que tinham os pagamentos prontos, mas para mim o clube fica a 50 minutos de carro e eu não posso chegar lá se eu não tiver permissão para circular. Há um toque de recolher aqui. Você só pode ir ao supermercado ou farmácia mais próximo entre 6h e 15h.