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Superliga - Vaivém - 30 de abril de 2020

Sesc e Flamengo podem unir forças na Superliga

Uma novidade que pode pintar já na próxima temporada


A próxima temporada do vôlei brasileiro pode ser marcada pela união de forças de dois gigantes: o Sesc, projeto com mais de duas décadas de vida, liderado por Bernardinho, com o recorde títulos na história da Superliga feminina, e o Flamengo, clube de maior torcida do país e também já com título nacional na modalidade.

O Web Vôlei apurou que as conversas entre os dois lados estão acontecendo. O acordo já esteve próximo de ser fechado, sofreu uma paralisação por conta dos reflexos da pandemia do coronavírus em setores da economia, mas ainda é possível de ser finalizado.

A junção é vista como benéfica pelos envolvidos por vários motivos. O Sesc, após cancelar o projeto no vôlei masculino ainda com a Superliga em andamento, também diminuiu o investimento no feminino para a temporada 2020/2021. E todos nós sabemos o quanto a COVID-19 já está impactando a situação financeira de pessoas físicas e jurídicas. O vôlei não é uma ilha e sofre muito, vide o fim de vários projetos de longo prazo, como o do Sesi, revelando nesta quarta-feira pelo Web Vôlei.

Já o Flamengo, um ano após voltar para a elite nacional, passará a brigar por títulos, algo que se espera de um clube tão grande e tradicional (e a torcida cobra bastante também). Na temporada recém-encerrada, o Fla lutou contra o rebaixamento, mas se manteve na elite. Internamente, o Rubro-Negro viveu um processo de restruturação e saneamento financeiro nos últimos anos. Passou a ter poder de investimento no futebol e reencontrou o caminho dos títulos importantes no ano passado, com a Libertadores e o Brasileirão. No esportes olímpicos, manteve a linha de uma política de austeridade, exigindo projetos auto-suficientes, como já faz há tempos, e com êxito, no basquete masculino.

Ainda durante a reta final do segundo turno da Superliga, escrevi sobre o desejo do Flamengo de mudar de patamar no cenário no vôlei, com um poder maior de investimento e a expectativa de contratar selecionáveis. A informação que faltava naquele texto é que o projeto incluía a parceria com o Sesc.

Por Daniel Bortoletto