
Sesi Bauru e CBV condenam caso de racismo na Superliga
O caso de racismo registrado após a partida entre Sesi Bauru e Guarulhos BateuBet, pelo primeiro turno da Superliga masculina 2025/2026, segue repercutindo oficialmente. Depois da denúncia feita pelo clube guarulhense, o Sesi Bauru e a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) se manifestaram publicamente, repudiaram o episódio e anunciaram providências.
Em nota oficial, o Sesi condenou com veemência o ato praticado por um torcedor contra o ponteiro argentino Manu Armoa, do Guarulhos BateuBet, ao fim do confronto disputado no sábado (13/12), na Arena Paulo Skaf, em Bauru (SP). A instituição afirmou solidariedade ao atleta ofendido e destacou que o responsável pelo ataque está em processo de identificação.
Caso o envolvimento seja confirmado, o torcedor será banido de jogos e impedido de acessar qualquer unidade, evento ou espaço do Sesi. O clube também reforçou que está à disposição das autoridades policiais para colaborar com as investigações.
A Confederação Brasileira de Voleibol, por sua vez, informou que já iniciou o levantamento de todo o material comprobatório relacionado à partida. Segundo a CBV, relatórios do delegado do jogo, imagens, manifestações de atletas, testemunhas, clubes envolvidos e outros documentos serão encaminhados aos órgãos competentes para a adoção das medidas cabíveis nas esferas esportiva, ética e também junto ao poder público.
A entidade ressaltou que não admite qualquer tipo de violência, preconceito ou discriminação e que acompanhará os desdobramentos do caso até a identificação e punição do responsável. A CBV também lembrou que, em 2024, endureceu os regulamentos das Superligas A e B, classificando atos discriminatórios como infração gravíssima, sujeita a sanções que podem incluir multa, perda de pontos, suspensão, perda de mando de quadra e até eliminação da competição.
Confira abaixo as notas oficiais do Sesi Bauru e da CBV na íntegra:
Nota oficial – Sesi Bauru
“O Sesi–SP repudia com veemência o episódio de racismo ocorrido neste sábado (13/12), na partida do Sesi Bauru, contra a equipe do Guarulhos BateuBet, realizada na Arena Paulo Skaf, em Bauru. O ato foi praticado por um torcedor contra um atleta da equipe adversária.
Lamentamos profundamente que manifestações racistas ainda aconteçam no esporte e expressamos nossa total solidariedade e apoio ao atleta ofendido, bem como à equipe e a todos os impactados pelo ocorrido. O racismo fere princípios fundamentais do esporte e da convivência em sociedade.
O responsável pelo ato está em processo de identificação. Uma vez confirmado seu envolvimento, será banido de jogos e impedido de acessar qualquer unidade, evento ou espaço do Sesi-SP, que está à disposição das autoridades policiais para colaborar com os esclarecimentos necessários.
O Sesi-SP é uma instituição educadora e mantém ações permanentes de letramento antirracista, entre elas o programa Família Joga Junto, que promove valores como respeito, empatia, diversidade e inclusão por meio do esporte, envolvendo atletas, famílias e comunidade”
Nota oficial – CBV
“A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) repudia e não admite qualquer tipo de violência, preconceito ou ato discriminatório. O esporte é ferramenta para propagação de valores como tolerância, respeito e igualdade. A CBV está fazendo um levantamento de todo o material comprobatório da partida entre Sesi Bauru e Vôlei Guarulhos BateuBet, que aconteceu no último sábado (13/12), em Bauru (SP).
Relatório do delegado do jogo, imagens, manifestações de atletas, testemunhas, clubes envolvidos e demais documentos serão encaminhados aos órgãos competentes para que sejam tomadas todas as medidas cabíveis no âmbito esportivo, ético e perante o poder público e demais instâncias. A CBV acompanhará os desdobramentos do caso e não medirá esforços para que o responsável seja identificado e punido.
Em 2024, a CBV alterou os regulamentos das Superliga A e B para tornar mais duras as penalizações em casos de atos discriminatórios, que passou a ser considerado como infração gravíssima, e pode receber sanções que incluem multa, perda de três pontos, suspensão, perda de mando e até eliminação da competição. A CBV tem publicado em seu site o ‘Procedimento de prevenção e combate à prática de atos discriminatórios nas competições organizadas pela CBV’.
Em todas as partidas da Superliga, o clube mandante deve divulgar, em seu sistema de som, um alerta de que a prática de atos discriminatórios configura crime e que o torcedor que insistir na prática pode ser punido, assim como seu clube”.


