Sheilla
Home Superliga Sheilla vê volta de Bernardinho com bons olhos e diz que ainda não renovou com o Minas
Superliga - 29 de abril de 2020

Sheilla vê volta de Bernardinho com bons olhos e diz que ainda não renovou com o Minas


Em live realizada no Instagram do SporTV ao lado da ex-líbero Fabi – atualmente comentarista de vôlei da emissora -, a oposta Sheilla, bicampeã olímpica (Pequim-2008 e Londres-2012), atual reforço do Itambé/Minas, disse que o técnico Bernardinho seria “uma boa” para substituir José Roberto Guimarães na Seleção Feminina no próximo ciclo olímpico. Zé Roberto já disse que vai deixar o comando da equipe após os Jogos de Tóquio-2020 – marcados para agosto do ano que vem.

A jogadora de 36 anos disse que o Brasil pode jogar com mais velocidade, que é contra a contratação de técnicos estrangeiros para comandar a seleção nacional e voltou a dizer que ainda pensa em Olimpíada, mas que sabe que os planos para os próximos Jogos dependem da sua condição física até lá. Sheilla ficou três anos parada – após a eliminação do Brasil para a China nas quartas de final da Olimpíada do Rio-2016 -, para se dedicar à maternidade. Após o nascimento das gêmeas Liz e Ninna, em novembro de 2018, ela pensou em migrar para o vôlei de praia, mas acabou ficando na quadra e disputou a última temporada no Minas.

Com a camisa do clube que a projetou – ela foi revelada no vizinho Mackenzie, de Belo Horizonte (MG), mas despontou para as Seleção no MRV – a oposta conquistou o Sul-Americano de Clubes em fevereiro deste ano. O Minas terminou a fase classificatória da Superliga na terceira colocação, com 57 pontos, atrás do Sesc RJ, que também tinha 57, e do líder Dentil Praia Clube, com 58.

– Acho que a maioria dos técnicos, não vou falar todos os técnicos do Brasil, mas a maioria deu uma parada no tempo, na minha opinião. Posso ser criticada por isso. Hoje, a gente vê o Brasil jogando mais lento do que jogava há alguns anos. Você vê jogadoras como a Egonu (da seleção italiana), com 1,90m de altura, que salta mais 1,90m e ainda joga rápido. O Brasil parece que parou no tempo. Mas, eu nunca colocaria técnico de fora do Brasil para ser técnico da seleção brasileira. O Bernardinho voltar para a seleção feminina, se é verdade ou não, eu não sei, mas que seria uma boa, seria. O Zé já sugeriu o Paulo Coco, que anda fazendo um trabalho bom, mas não sei. Só trabalhei com o Bernardinho em clubes, mas ele foi quem começou a crescer com a seleção feminina – disse Sheilla.

Bernardinho assumiu a Seleção Feminina em 1994. Conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996 e Sydney-2000 e foi três vezes campeão do Grand Prix: 1994, 1996 e 1998. Ele foi para a Seleção Masculina em 2001, onde foi bicampeão olímpico (Atenas-2004 e Rio-2016) e tricampeão mundial (2002, 2006 e 2010). Zé Roberto Guimarães é o único técnico tricampeão olímpico da história do vôlei: (Barcelona-1992, com o masculino, além de Pequim-2008 e Londres-2012, ambos com a seleção feminina).

Sheilla  falou sobre o sua condição física:

– É difícil falar como que eu vou estar em julho do ano que vem. Se for pensar em tempo, eu ganho um ano para me preparar. Acho que todo mundo vai perder, mas quero perder o mínimo possível para voltar bem fisicamente. O Zé tem que colocar quem estiver bem no ano que vem. Ano passado me preparei para estar nas Olimpíadas este ano. Mas vou tentar agora perder o mínimo possível – disse.

A jogadora disse que ainda não renovou seu contrato com o Minas.

– Ainda não sei onde vou jogar, não renovei com o Minas ainda, não sei se fico no Brasil ou se não fico. É uma incógnita ainda.