Sheilla, sobre o Brasil x Rússia de Londres: “Foi difícil dormir depois”
SporTV transmite reprise do jogo válido pelas quartas de final de Londres-2012 neste domingo
É hoje! Neste domingo, às 21h, o SporTV 2 transmite o jogo entre Brasil e Rússia, válido pelas quartas de final da Olimpíada de Londres-2012, o famoso “tie-break da morte”. Comandada pelos ataques de Sheilla, cirúrgica nos momentos decisivos, a Seleção do técnico José Roberto Guimarães salvou seis match points para ganhar o quinto set por 21 a 19 e seguir firme na caminhada do bicampeonato – as parciais foram 24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19.
– Não passa uma semana, não passam 10 dias sem que eu seja marcada nas redes sociais por conta desse jogo. Agora, na quarentena, é direto. Foi realmente marcante – disse a oposta, em live no Instagram do Minas Tênis Clube, na semana passada.
Protagonista dos dois ouros conquistados pelo Brasil em olimpíadas (Pequim-2008 e Londres-2012), Sheilla revela que só assistiu ao jogo completo recentemente:
– Assim que eu desembarquei no Brasil, com o título, em casa, e o meu marido falou: “Vem, senta qui, você tem de assistir o tie-break”. Já vi aquele finalzinho várias vezes, mas o jogo completo só assisti há pouco tempo. Não sou de assistir nem vitórias nem derrotas. Nem as finais de 2008, nem a de 2012, nem as derrotas nos mundiais que a gente perdeu para a Rússia (2006 e 2010). Só agora, na quarentena, eu assisti ao jogo inteiro pela primeira vez – , revelou a oposta.
– Lembro que o jogo acabou tarde e que a gente custou a dormir depois daquele tie-break. Nem lembro, mas foi difícil dormir. Muita adrenalina.
Ela recordo também como foi a trajetória do Brasil em Londres:
– Em 2008, a gente sabia que dificilmente perderia o título. Sabíamos que seríamos campeãs. A trajetória até chegar em 2008 foi mais difícil, porque a gente tinha sempre de provar alguma coisa (por conta da campanha da Olimpíada de Atenas-2004, a derrota para as russas, de virada, na semifinal, o fatídico 24 a 19). Mas, em Pequim, quando a gente pisou na Vila, sabia que estávamos 100 por cento e o ouro seria nosso, estávamos sobrando. Já em Londres, estávamos confiantes, mas sabíamos que o ouro não era certo. Foi mais difícil. A gente começou muito mal, perdemos para a Coreia, o jogo não entrava… a gente foi melhorando ao longo da competição – lembrou a bicampeã olímpica.
Sheilla falou também sobre a rivalidade com a Gamova, estrela do time russo.
– Não existia isso de rivalidade entre a gente. Só dentro de quadra, mas fora, a gente nunca nem trocou um “oi”. Disputamos títulos importantes, mas eu não a conheço e ela não me conhece pessoalmente. As russas jogam fora no exterior, ficam mais jogando no país delas… então eu não tive contato com a Gamova fora dos encontros na seleção, em clubes, ou em outros países… Nunca tive amizade com as russas. Eu ouço falar que ela é uma pessoa fantástica.