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Coluna - Paris-2024 - Seleção Brasileira - 4 de julho de 2024

Surpresas e certezas: a convocação final de Zé Roberto

Opinião de Daniel Bortoletto sobre a lista do Brasil para Paris-24


Cravar uma convocação olímpica de José Roberto Guimarães é uma das tarefas mais complicadas a cada quatro anos. A lista para Paris-2024 não foi diferente.

Nesta quinta-feira (4/7), a CBV utilizou personalidades nas redes sociais para confirmar as 13 jogadoras escolhidas. E a cota de surpresas foi mais uma vez preenchida, desta vez, a conta-gotas, até o jornalista Gustavo “To Fly” Aguiar antecipar os nomes que faltavam.

Lorenne, decisiva na classificação para os Jogos de Tóquio, em Uberlândia, fará sua estreia olímpica quatro anos depois, em Paris. E não dá pra dizer que a vaga foi conquistada com as atuações na VNL deste ano, uma vez que Lorenne pouco jogou por conta de uma lesão no tornozelo sofrida ainda na preparação. Mas dá pra cravar que ela sempre teve a confiança desta comissão técnica.

E essa confiança serve ainda para Tainara, oposta, que jogou como ponteira em algumas situações. Teve uma temporada de altos e baixos, chegando a ser reserva no Dentil/Praia Clube. O saque viagem, algo que apenas Ana Cristina usa com frequência na Seleção, o poder de ataque e um estilo meio caótico para alterar o panorama de um jogo devem ter pesado para a decisão.

Com Lorenne e Tainara presentes na convocação, Kisy terá de esperar por Los Angeles-2028 para uma estreia olímpica. Em alguns momentos do ciclo atual, ela parecia nome certo. Oscilou como outras tantas no clube e na Seleção. Sofreu absurdamente com hates desproporcionais nas redes sociais. Torço muito para que tenha sabedoria para assimilar a decisão e força para seguir em frente em busca de uma próxima oportunidade.

Admito que a escolha de Natinha como reserva para uma substituição por lesão também me surpreendeu. Quem acompanha as lives do Web Vôlei ouviu o tema ser debatido pelo Bruno Souza e pelo Gurja recentemente. Sempre achei que uma jogadora mais polivalente, podendo cobrir ao menos duas posições, seria a opção para esta vaga extra, novidade em Paris. E, ao olhar a lista final, sem Pri Daroit, uma ponteira de composição, a presença da líbero faz sentido: Nyeme é a única sem reserva e uma emergência entre as ponteiras pode ser remediada por Natinha para passagens pelo passe.

No mais, ninguém duvidava de Macris, Roberta, Rosamaria, Gabi, Ana Cristina, Julia Bergmann, Thaisa, Carol, Diana e Nyeme. Vocês gostaram da lista final?

Por Daniel Bortoletto