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Supercopa - 31 de outubro de 2020

Taubaté vira pra cima do Sada/Cruzeiro e é campeão da Supercopa

O EMS/Taubaté/Funvic derrotou o Sada/Cruzeiro no tie-break


Deu EMS/Taubaté/Funvic. Depois de derrotar o Sada/Cruzeiro na final do Super Vôlei, na semana passada, em Belo Horizonte, por 3 a 0, o time paulista voltou a ganhar do rival, desta vez de virada, na final do Supercopa. A equipe do técnico argentino Javier Weber venceu por 3 sets a 2 – parciais de 19-25, 25-21, 30-28, 14-25, 15-11 – na noite desta sexta-feira, no ginásio Guanandizão, em Campo Grande (MS).

O Taubaté conquista o bicampeonato da competição – derrotou o mesmo Sada/Cruzeiro, em 2019, por 3 sets a 1. O time celeste é tricampeão do torneio: 2015, 2016 e 2017. O Guanandizão recebeu público na arquibancada na partida que marcou a sua reinauguração. Segundo a CBV, decreto no Diário Oficial permitiu que o ginásio tivesse 10% de presença da torcida no local – cerca de 600 pessoas – seguindo os protocolos de segurança do COVID-19.

O ponteiro argentino Facundo Conte, do Sada/Cruzeiro, foi o maior pontuador do jogo, com 23 pontos, seguido pelo cubano López, também do time celeste, com 21.

A conquista do Taubaté tem sabor de superação. Depois de perder o Paulista há duas semanas, para o Vôlei Renata, em seu ginásio, no Abaeté, o time se fechou e jogou muito melhor que na decisão do Estadual. A equipe perdeu Bruninho na metade do segundo set e caiu de produção. O campeão olímpico sentiu a panturrilha direita e não voltou mais para o jogo. Daí pra frente, o Taubaté, psicológica e tecnicamente, não foi o mesmo.

Taubaté
(Célio Messias/Inovafoto/CBV)

Previsível, a equipe foi dominada pelo time celeste. Até venceu o terceiro set por 30 a 28, mas em um lance polêmico. A arbitragem marcou dois toques de Cachopa numa jogada aparentemente normal, e o Taubaté fechou a parcial, gerando muita reclamação por conta do argentino Conte – que acabou advertido com um cartão amarelo. Neste set, no entanto, apesar da derrota, o Sada foi muito superior no ataque: 21 x 14. O equilíbrio no placar teve um motivo: a equipe mineira errou demais – 10 x 3.

No quarto set, o Taubaté parecia entregue. Sem vibração, nada deu certo: ataque, contra-ataque e bloqueio não existiram. O time acabou perdendo por 25 a 14 diante de um Sada/Cruzeiro com sangue nos olhos. Alan, até então irregular, fez uma grande parcial. Parecia difícil a equipe paulista esboçar uma reação – ao menos emocional – a essa altura.

Mas, no tie-braek, os pontos fortes do grupo taubateano – saque, bloqueio e contra-ataque – voltaram a funcionar e o time venceu por 15 a 11, conseguindo segurar o ímpeto do ataque cruzeirense. Alan ainda não é o Alan do Sesi, nem da Seleção Brasileira. Mas, certamente vai evoluir. López manteve a potência no ataque e Conte foi o maior pontuador celeste, com 21 pontos. João Rafael foi para o saque e o time abriu três pontos no quinto set, vantagem que deu tranquilidade para os paulistas até o fim da parcial.

O Taubaté não contou, nesta final com os seus dois ponteiros reservas: o campeão olímpico Douglas Souza, com uma lesão lombar que vai tirá-lo das quadras nas próximas duas ou três semanas, e João Franck, que machucou o tornozelo. Sem poder substituir os ponteiros, o oposto Gabriel entrou algumas vezes para bloquear na ponta.

O Sada/Cruzeiro brigava pelo 39º título da sua história, depois de chegar a 47 finais, em 53 campeonatos disputados. Ainda são números impressionantes, de um time acostumado a vencer. A rivalidade entre as duas equipes nesta temporada promete e já tem dois encontros previstos na Superliga, que começa neste sábado. Os confrontos serão nos dias 19 de dezembro e 6 março – no encerramento da fase classificatória. Promessa de mais jogos emocionantes.

EMS TAUBATÉ FUNVIC: Bruninho, Felipe Roque, Maurício Borges, João Rafael, Lucão, Maurício Souza e o líbero Thales. Entraram: Gabriel, Fabiano, Vitor Yudi e Rapha. Técnico: Javier Weber.

SADA/CRUZEIRO: Cachopa, Alan, Facundo Conte, López, Isac, Otávio e Lukinha (líbero). Entraram:  Oppenkoski, Rhendrick Resley, Rodriguinho e Cledenilson. Técnico: Marcelo Mendez.