
Técnica do Orlando tenta abrir portas para mais mulheres do vôlei
O Orlando Valkyries se despediu, nesta quinta-feira (11/12), do Campeonato Mundial feminino de clubes, em São Paulo, ao bater o Zamalek, do Egito, por 3 sets a 0: 25-21, 25-16 e 26-24. No banco de reservas, a técnica Amy Pauly pensa muito além do resultado em quadra.
Ela é uma exceção à regra no vôlei mundial, com poucas mulheres em cargos de comando de times ou seleções. Um cenário incômodo, visto que a igualdade de gênero é bandeira de grandes entidades esportivas, como o Comitê Olímpico Internacional (COI).
No Orlando, Amy Pauly não é apenas a técnica. Ela acumula ainda o cargo de vice-presidente de operações. Jogou como líbero, treinou as Universidades de Alabama e Villanova na NCAA, sendo reconhecida pela formação de atletas, até chegar à Major League Volleyball.
No Mundial de Clubes, ela é a única mulher no comando entre os oito participantes. Algo que incomoda, mas também reforça seu objetivo de aumentar o espaço feminino na função.
– Nem sempre me sinto bem por ser a única mulher. Faço isso porque estou tentando impactar as vidas das jovens jogadoras mulheres que estamos treinando agora. Nos Estados Unidos, é muito mais comum ter técnicas mulheres. Mas todos esses homens são cavalheiros e grandes técnicos também. Estou feliz por estar rodeada de boas companhias e espero estar representando bem as técnicas mulheres de todos os lugares – disse ela durante o Mundial.


