Thaísa: “Osasco é o favorito nessa semifinal”
Central faz balanço da temporada do Minas, projeta semi difícil e joga favoritismo para Osasco
Thaísa vai entrar em quadra nesta sexta-feira (21/4), para começar a disputar sua 16ª semifinal de Superliga feminina de vôlei da carreira. Quinta melhor bloqueadora e sacadora da competição, com 65 e 23 pontos, respectivamente, e terceira maior pontuadora do Gerdau Minas na competição, com 263 acertos, ela aponta o favoritismo para o Osasco/São Cristóvão Saúde, mas também destaca evolução da sua equipe.
– Acredito que nosso time evoluiu desde a fase de classificação. Vejo um time mais consistente, mais agressivo, que melhoramos muito em aspectos que não vinham funcionando. Sei que vai ser uma semifinal muito dura, muito difícil, até pela força de ataque que o time do Osasco tem. É uma grande equipe, sabemos das qualidades e também sabemos das dificuldades que teremos. Mas, com certeza, hoje podemos dizer que o Osasco é o favorito nessa semifinal porque até agora tivemos uma vida mais complicada com eles. Estamos estudando bastante, fazendo bons treinamentos para tentar fazer o melhor jogo possível nessas semifinais e sair com a vitória. Mas acredito que nosso time tenha evoluído bastante e é nisso que eu me agarro – afirmou.
Nos dois confrontos na fase regular da Superliga, o Osasco ganhou ambos por 3 sets a 1. Mas Thaísa, capitã do Gerdau Minas, aponta um fator importante em sua equipe nessa reta decisiva.
– Superação, com toda certeza. Por tudo como foi, toda a história do time nessa temporada, eu acredito que nosso grupo tem sido na força do time, de cada uma. Até porque nossa equipe vinha oscilando muito, e essa oscilação mostrou o quanto a gente depende do grupo todo, não só das titulares, mas também das reservas, que têm tido um papel muito importante. Isso faz muita diferença. Fomos crescendo pouco a pouco e sabendo que podemos confiar em quem está ao nosso lado – comentou.
A central vai enfrentar a equipe que defendeu durante oito temporadas. O primeiro jogo dessa série melhor de três acontecerá no ginásio José Liberatti, em Osasco, onde guarda boas lembranças.
– Nem imaginava sair da forma como eu saí. Muito pelo contrário, passava longe pela minha cabeça. Mas tenho um carinho todo especial pela torcida, que sempre esteve do meu lado, sempre me apoiou, apesar de terem pesado muito a mão para cima de mim depois da minha saída, sendo que a culpa nem foi minha. Mas sempre tive um respeito muito grande pela entidade, pelo torcedor, e sempre fui extremamente profissional durante o período em que estive lá. Tenho lindas recordações, foram muitos anos da minha vida lá. Gosto demais da torcida, do calor, da quadra, do ginásio, tudo isso me remete a muitas boas lembranças que se sobrepuseram as ruins. Eu acho que é isso que fica – afirmou Thaísa.
Apesar de toda a experiência, dos sets títulos da Superliga, a central bicampeã olímpica garante que ainda sente aquele “friozinho na barriga” nesses momentos decisivos.
– Tem que ter esse friozinho na barriga, essa sensação gostosa de que agora é que vale, essa emoção. Esse sentimento faz parte do jogo e de que está fazendo algo que é muito importante para você. Quando não tiver mais isso é porque não vale mais a pena.