Thaisa volta aos Jogos, 8 anos depois, em busca do tri
Brasil estreia nesta segunda-feira contra as quenianas
No dia 17 de agosto de 2016, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, Thaisa entrava em quadra pela última vez para uma partida de Jogos Olímpicos. Pouco menos de oito anos depois, ela está pronta para retornar. E escrever um novo final para a despedida definitiva aos 37 anos.
Com Thaisa como uma das protagonistas, o Brasil inicia nesta segunda-feira (29/7), a partir das 8h, contra o Quênia, sua caminhada nos Jogos de Paris pelo Grupo B.
Para a meio de rede, duas vezes medalhista de ouro no evento, a derrota para a China, nas quartas de final da Rio-16, por 3 a 2, chegou a ser um ponto final na trajetória olímpica. Ela sofreria na sequência da carreira uma grave lesão no joelho. O retorno ao esporte chegou a ser colocado em xeque. Mas ela voltou ao alto rendimento. E muito bem! Em 2021, antes dos Jogos de Tóquio, surpreendeu ao anunciar a desistência, se aposentando da Seleção.
As boas atuações pelo Gerdau Minas neste ciclo olímpico, atividades especiais para recuperação física e trabalhos para o mental reacenderam a chama olímpica na Mami Daher. E ela se diz pronta para o desafio em Paris de ser a primeira atleta tricampeã dos Jogos.
– Estar na Seleção, estar em uma Olímpiada, é grandioso. É algo que todos os atletas do mundo buscam e poucos conseguem estar aqui – disse.
Superar lesões, mostrar resiliência, passar por reinvenções. E agora poder jogar pela quarta vez os Jogos Olímpicos para escrever um último capítulo no maior evento esportivo do planeta.
– Isso me dá aquela dor por dentro, mas, ao mesmo tempo, me dá energia para dar o meu melhor e entregar mais do que o meu máximo, superar meus limites em todas as partidas e treinos pela equipe.
Por Daniel Bortoletto, em Paris