Ting Zhu faz desabafo e confirma volta para a seleção da China

A campeã olímpica Ting Zhu voltará a vestir a camisa da seleção feminina da China neste ano. A confirmação aconteceu nesta segunda-feira (8/4), com uma declaração da ponteira.

Segundo a jogadora do Scandicci (ITA), o intuito é ajudar a colocar a China nos Jogos Olímpicos de Paris. Sem garantir vaga no ano passado, a seleção chinesa precisa somar pontos na Liga das Nações (VNL) para carimbar o passaporte via ranking da Federação Internacional (FIVB).

Para isso, Ting Zhu promete se afastar de qualquer “distração” nas próximas semanas.

– Hoje, dia 8 de abril de 2024, confirmei oficialmente à Federação Chinesa de Vôlei que retornarei à seleção nacional durante a VNL. O único propósito de retornar ao time desta vez é contribuir para ganhar o direito de participar dos Jogos Olímpicos de Paris. Para isso me dedicarei integralmente aos treinos e jogos. Para evitar distrações e mal-entendidos, não participarei de nenhuma atividade comercial nem celebrarei nenhum acordo de patrocínio comercial enquanto estiver com a seleção nacional – comentou.

Depois da Rio-2016, Ting Zhu viveu altos e baixos, com problemas físicos, incluindo uma cirurgia no punho. E ela fez um desabafo sobre a fase ruim.

– Meu corpo passou por um período de cansaço e meu desempenho atlético caiu seriamente, eu não conseguia nem jogar as partidas. Desde as Olimpíadas de Tóquio, vários rumores e ataques deliberados sobre mim na internet nunca pararam e até afetaram minha família. Em algum momento, perdi o interesse pelo vôlei e quis ficar longe dessa bagunça. Nos últimos dois anos, Lang Ping me encorajou repetidamente a regressar à seleção nacional e continuar a lutar pelo meu país. Nos momentos mais difíceis, ela me ajudou a analisar os problemas que tive com meu corpo e técnica e me incentivou a intensificar meu treinamento de condicionamento. Com o incentivo de diversas forças, abandonei a ideia da aposentadoria, intensifiquei meu treino de condicionamento e melhorei meu desempenho atlético. O aumento do meu desempenho me deu confiança e aos poucos fui saindo da situação difícil. Sinto que meu corpo e minha alma estão prontos agora, por isso hoje quero formalizar meu retorno à seleção e voltar a lutar pelo meu país – disse ela, em busca da vaga na final do Italiano com o Scandicci nesta semana.