Tóquio-2020: um provável grupo da morte no feminino
Com a divulgação do novo ranking mundial feminino é possível esboçar os dois grupos olímpicos
Com a divulgação do novo ranking feminino da Federação Internacional de Vôlei após a Copa do Mundo, já é possível esboçar os grupos dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Caso não haja modificação no regulamento, as duas chaves com seis participantes seguem algumas regras:
– O país-sede é o cabeça de chave do Grupo A
– Levando em consideração a colocação no ranking, a distribuição dos demais é feita de dois em dois, começando a partir do Grupo B. Ou seja, os dois líderes estarão juntos: China e Estados Unidos.
– Na sequência, os dois melhores colocados já garantidos em Tóquio se juntarão às donas da casa no A: Sérvia e Brasil
– A Rússia, quinta colocada, irá para a chave de americanas e chinesas. Isso é o que dá para cravar até agora, já que a Holanda, sexta colocada, ainda jogará o Pré-Olímpico Europeu de janeiro. E a “brincadeira” de montar o restante dos grupos começa aqui.
– Se a Holanda vencer o Pré-Olímpico, irá para o Grupo B. Eu, porém, acredito mais na Turquia. Como as turcas estão na 12ª colocação, a classificação do time de Giovanni Guidetti para a Olimpíada jogaria a Itália para o Grupo B. E ele, até aqui, teria “apenas” China, Estados Unidos, Rússia e Itália. Satisfeito(a)s?
– Nona e décima colocadas no ranking mundial, Coreia do Sul e República Dominicana são favoritas nos respectivos Pré-Olímpicos continentais. Caso as duas seleções carimbem o passaporte olímpico, irão diretamente para o Grupo A, com Japão, Sérvia e Brasil.
– Uma dúvida na sequência. A Argentina, 11ª colocada, não é tão favorita assim na América do Sul, visto a evolução da Colômbia, a 29ª. Se a vaga ficar com as hermanas, elas vão para o Grupo B, carregando também a Turquia. Neste cenário, o último integrante do A seria o vencedor da África: Camarões (17º) ou Quênia (19º). Agora, se der a Colômbia, de Antônio Rizola, o cenário é diferente. Por ser a pior ranqueada, a seleção colombiana teria de ficar no Grupo A, fazendo o classificado africano se mudar para o B.
Será que fui claro?
Na minha projeção, as duas chaves em Tóquio-2020 ficariam assim (entre parênteses, a posição no ranking da FIVB):
Grupo A
Japão (7)
Sérvia (3)
Brasil (4)
Coreia do Sul (9)
República Dominicana (10)
Colômbia (29)
Grupo B
China (1)
EUA (2)
Rússia (5)
Itália (8)
Turquia (12)
Camarões (17)
Com tais cenários, o grupo da morte estará criado no B. E a certeza de uma pedreira já nas quartas de final para quem vier da outra chave, incluindo o Brasil.
Por Daniel Bortoletto