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Fora de Quadra - 7 de julho de 2020

Turci vê árbitro como “conciliador” no vôlei atual

Paulo Turci participou de evento da CBV


A arbitragem foi tema desta terça-feira no projeto Academia do Voleibol. Na série de encontros virtuais da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), a apresentação foi realizada pelo experiente árbitro internacional Paulo Turci, que comandou partidas durante os Jogos da Rio-2016.

O paranaense de 56 anos falou para cerca de 200 profissionais de todo país, a maior parte deles árbitros e integrantes da Comissão Brasileira de Arbitragem de Voleibol (Cobrav), que atualmente é presidida por George Kuroki. Turci analisou as mudanças que a ocupação sofreu ao longo dos anos, a implementação da tecnologia e a necessidade de atualização constante.

– A postura enérgica, quase policial que notávamos no passado, vem sendo substituída gradativamente por um papel conciliador. Mas utilizando a palavra conciliador no sentido de julgar os lances de acordo com os conhecimentos. Mostrar às equipes que a decisão está baseada em princípios da regra, que existem fundamentos pautados para a escolha. Isso faz com que a atmosfera do jogo passe a ser mais conciliadora. Os agentes do jogo passam a entender e aceitar de forma correta suas decisões – disse Turci.

A mediação da 17ª palestra da Academia do Vôlei foi realizada pelo superintendente de competições de vôlei de quadra da CBV, Renato D’Ávila, que destacou o currículo do paranaense e celebrou a oportunidade de dividir conhecimento.

– Paulo é um árbitro internacional que possui uma carreira de muito sucesso, altamente reconhecido, e temos muita satisfação em tê-lo conosco na Academia, levando para vários locais do país este tema importante. Teremos uma troca de experiências, um bate-papo sobre as perspectivas da arbitragem contemporânea. Algo mais relacionado aos desafios da carreira, do que uma parte teórica – disse.

Turci também comentou as implicações da tecnologia na profissão do árbitro, com o uso das imagens para checagem de lances, que cada vez mais fazem parte do espetáculo.

– À medida que a tecnologia se torna mais acessível, e esta mudança está acontecendo de maneira muito rápida no esporte de alto rendimento, será necessário que os árbitros de todos os níveis se familiarizem com suas aplicações. É um componente que será cada vez mais presente e conhecer e dominar essas tecnologias que serão aplicadas no esporte, no vôlei mais especificamente, é uma necessidade, sem dúvida – destacou.

A Academia do Voleibol já proporcionou outras dezesseis reuniões virtuais com temas variados sobre vôlei de praia, vôlei de quadra e Comissão Nacional de Treinadores (Conat). O conteúdo posteriormente também fica disponibilizado no YouTube da CBV.