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Destaques - Fora de Quadra - Superliga - 12 de março de 2024

Valeskinha assume posto na Comissão Mulher no Esporte do COB

Campeã olímpica em Pequim segue na ativa pela equipe do Curitiba


O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou a entrada de Valeska Menezes, a Valeskinha, campeã olímpica de vôlei em Pequim-2008, à Comissão Mulher no Esporte da entidade.

– Me senti muito honrada e feliz por ter sido lembrada. Minha expectativa é ajudar com minha experiência e aprender ouvindo as experiências das outras envolvidas. A Comissão Mulher no Esporte, para mim, é algo que deveria ter em outras organizações. É ótimo quando vemos o COB buscar promover a igualdade de gênero e criar espaços para discussões relevantes – disse Valeskinha, que é filha de Aída dos Santos, quarta colocada no salto em altura em Tóquio-1964, o melhor resultado individual de uma mulher brasileira em Jogos Olímpicos por mais de 40 anos, até o bronze de Ketleyn Quadros no judô em Pequim-2008.

– Ter uma inspiração dentro de casa é algo muito valioso. A influência da minha mãe para muitas mulheres atletas foi fundamental para mostrar que é possível superar desafios, alcançar o sucesso no esporte e encorajar outras atletas. O esporte feminino no Brasil tem progredido, a visibilidade aumentou, mas os desafios persistem. Ainda há um longo caminho a percorrer para igualdade de oportunidades – completou Valeskinha, ainda na ativa no vôlei, pela equipe do Curitiba na Superliga B.

Outra novidade anunciada pelo COB é a criação de um Grupo de Trabalho (GT) com representantes da área Mulher no Esporte e o Laboratório Olímpico que já discute a performance da mulher atleta. Neste primeiro momento haverá uma atualização dos profissionais de Ciências do Esporte do Time Brasil sobre os mais recentes estudos focados no desempenho esportivo feminino em alto rendimento.

Entre as pesquisas estão, por exemplo, debates em torno da propensão de mulheres a lesões de LCA (ligamento cruzado anterior). Além do serviço de ginecologia do esporte que é oferecido desde 2011, o COB passa, então, a discutir de forma interdisciplinar, entre todas as áreas do Laboratório Olímpico, sobre como atuar para garantir uma maior performance das atletas mulheres.

– Obviamente, isso passa por melhorar as condições de saúde também, mas a proposta é estimular a discussão incluindo outras áreas que impactam na performance, revisando as práticas e protocolos atuais, que podem não estar considerando as especificidades da mulher atleta – explicou Julia Silva, gestora esportiva integrante da área Mulher no Esporte e do GT.