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Colunista convidado - Destaques - 31 de maio de 2021

Virna: Brasil vence e convence contra o Japão

Colunista convidada do Web Vôlei, Virna analisa a boa atuação do Brasil na vitória sobre o Japão, nesta segunda-feira


Deu gosto de ver. A Seleção Brasileira Feminina de Vôlei venceu o Japão por 3 a 0 – 25-15, 25-19, 25-21 -, nesta segunda-feira, na abertura da segunda rodada da fase classificatória da Liga das Nações e, melhor de tudo: convenceu. Foi a melhor atuação do time do Zé Roberto até agora.
 
Macris já mostrou mais segurança. O peso da estreia – normal para qualquer jogadora que veste a camisa da Seleção Brasileira – parece já ter passado. Jogou solta, com a velocidade que gosta e que sabe jogar.
 
A dupla titular de centrais do Brasil é essa. Não tem o que mudar. Carol e Gattaz são as mais regulares atualmente. Já tinham sido, ao lado de Thaisa, na Superliga, as três centrais de melhor aproveitamento. Não teremos Thaisa, nosso paredão, mas Carol está em ótima fase e vai nos representar muito bem.
 
Sem palavras para falar sobre a atuação da Garay, maior pontuadora do jogo, com 21 pontos. Está voando. Joga com uma garra contagiante. Zé Roberto ganhou uma dor de cabeça de luxo. Quando Natália estiver 100% da lesão, quem ele vai sacar do time?
 
Sofremos no passe contra os Estados Unidos, mas a derrota fez bem para o grupo, que entrou em quadra hoje, em Rimini, na Itália, com sangue no olho.
 
É assim que temos de entrar contra as russas, nesta terça-feira (16h, horário de Brasília). É outro jogo, outra escola. Fizemos 11 pontos de bloqueio contra a o Japão. Mas, contra a Rússia, que tem alcance de ataque maior que as japonesas, o bloqueio precisa se concentrar em tocar nas bolas e fechar o duplo bem para que a defesa possa jogar nos espaços.
 
Sempre tivemos dificuldade em jogar contra elas. Não preciso nem lembrar Atenas-2004 e as finais dos Mundiais de 2006 e 2010. É um time chato. Goncharova e Fedorovtseva jogaram bem contra a Itália hoje. Embora seja um estilo de jogo de bolas muito altas, que vai de encontro ao vôlei moderno, mais rápido, não dá para ignorar que elas pegam a bola muito alto.
 
Ainda assim, sou mais Brasil. Se entrarmos com a concentração de hoje, não tem pra ninguém!