Vôlei Renata aposta em ciência e tecnologia na pré-temporada
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Superliga - 10 de julho de 2024

Vôlei Renata: pré-temporada tem ciência e tecnologia

Elenco do time de Campinas passa por avaliação de força isocinética e novos testes estão a caminho


A comissão técnica do Vôlei Renata, com apoio da Faculdade de Educação Física da Unicamp, recorreu ao auxílio da ciência e da tecnologia na pré-temporada. Uma das primeiras atividades que o novo elenco do time de Campinas (SP) realizou desde a reapresentação foi a avaliação de força isocinética.

O líbero Lukinha, o oposto Davy, o levantador Cristiano e o central Léo, que estão em treinamento com o time campineiro, passaram por um teste de potência que pode indicar caminhos importantes para o trabalho da comissão técnica do Vôlei Renata.

– Nesse início de temporada realizamos algumas avaliações como o isocinético, que serve para ver como está o equilíbrio muscular dos atletas. Nós fizemos, primeiro, de joelho, que nos dá uma noção de como está esse equilíbrio de força entre perna direita e esquerda e entre a musculatura do quadríceps e de posterior da mesma perna – comentou o preparador físico do Vôlei Renata, João Carlos Bastos.

– Isso é um indicativo importante para prevenir possíveis lesões porque quanto maior o desequilíbrio muscular, maior a possibilidade de o atleta ter uma lesão. Então, essa avaliação serve para nos dar um norte e ajustar o equilíbrio muscular para que eles tenham uma temporada saudável sem lesões e afastamentos dos treinos e dos jogos – completou.

A avaliação isocinética será feita novamente em outubro, após o final do Campeonato Paulista, com a presença dos atletas que estão à serviço de suas seleções. Desta forma, com todos os atletas, a comissão técnica pode agrupar os dados para utilizar no planejamento dos treinos coletivos.

O preparador físico João Carlos Bastos também terá à disposição durante a temporada de uma plataforma para teste vertical. Nela, a comissão técnica do Vôlei Renata pode avaliar, entre outras coisas, o desgaste físico dos atletas em períodos específicos da temporada.

Os testes também têm finalidade acadêmica, pois são operados por alunos do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da FEF/UNICAMP e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Teoria e Metodologia do Treinamento Desportivo (GTMTD), comandado pelo Professor Doutor João Paulo Borin. Os dados coletados e os resultados durante os testes são usados nas aulas e teses desenvolvidas pela equipe.

– Aproximar a teoria e prática é fundamental. A ciência do esporte precisa dessa união, dos problemas que vem do campo prático para que a gente (da academia) possa encontrar, no campo teórico, soluções ou apontar caminhos. Claro que não existe uma verdade absoluta, mas dá para encontrar caminhos para resolução. Como a tecnologia que temos é de ponta e pode auxiliar nessa aproximação, eu vejo que vamos ser parceiros, principalmente, para os cuidados que os atletas hoje necessitam para entrar no seu melhor – acrescenta o professor Borin.

– Por meio de projetos de pesquisa, envolvendo o processo científico, o rigor metodológico, os alunos, os atletas e todos os profissionais das diferentes áreas que estão envolvidos na preparação, oferecemos aos atletas caminhos para encontrar o alto desempenho esportivo. É isso que acredito, nessa linha que o grupo de pesquisa, a faculdade tem trabalhado. Nessa questão coletiva que cada um respeita sua expertise em prol do esporte, para que possamos ter melhorias ao longo do tempo nessa parceria público privada. Nessa linha, acreditamos que o meio acadêmico pode contribuir com a aproximação do desempenho – finaliza.