Wallace se despede: “Agora vou torcer pela TV”
O oposto Wallace se despede oficialmente da Seleção (mais uma vez), como maior pontuador do jogo e atuação de gala
O adeus do oposto Wallace da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei agora parece ser definitivo. “É difícil dizer que vou continuar”, disse o jogador, em entrevista ao SporTV, neste domingo. “Daqui a dois anos vou estar com 37 anos. Muita coisa pode rolar até lá. Tem o Alan, o Roque, o irmão do Alan, o Darlan, todos vindo muito fortes. Até lá, o Brasil vai estar bem de oposto e não vai mais precisar de mim”, completou Wallace, que foi o maior pontuador do Brasil na vitória por 3 a 1 sobre a Eslovênia na conquista da medalha de bronze do Campeonato Mundial Masculino de Vôlei, em Katowice, na Polônia. “Vou estar pela televisão torcendo, gritando ‘vamos lá’, disse ainda o campeão olímpico nos Jogos do Rio-2016.
Wallace marcou 10 pontos somente no quarto set, quando o Brasil vivia um momento de instabilidade no jogo contra os eslovenos. Depois de levar a virada na terceira parcial – vencia por 15 a 9 e perdeu por 25 a 22 -, a Seleção começou mal o quarto set, perdendo por 4 a 0. Foi com os contra-ataques dele que o time verde-amarelo empatou em 4 a 4 e deslanchou na parcial. Foi dele o ponto do bronze. Foram dele os últimos pontos que colocaram o Brasil no pódio.
Wallace contou detalhes dos bastidores do jogo de hoje, pouco mais de um ano da perda da medalha de bronze nos Jogos de Tóquio, com a derrota para a Argentina pelo bronze. “Quem estava em Tóquio sabe o quanto foi dolorido perder aquela medalha de bronze. Conversei com Leal no quarto e falei que não me via não conquistando essa medalha hoje”, disse o jogador do Sada Cruzeiro, ainda ao SporTV.
O oposto anunciou a sua aposentadoria com a camisa amarelinha depois do quarto lugar frustrante no Japão. Estava de férias, após conquistar o título da Superliga com o Sada Cruzeiro, mas foi chamado pelo técnico Renan dal Zotto para retornar, depois das lesões dos dois opostos que em tese comporiam o grupo do ciclo olímpico de Paris-24: Alan e Felipe Roque. Walace abandonou os passeios com a família para se recuperar rapidamente e integrar o Brasil no Mundial.
“É sempre legal jogar com os meninos mais novos. Eles estão crescendo, têm de pegar mais bagagem mesmo e esse aqui (Adriano) tem grande futuro. Já está tendo. Vai ter mais. Um prazer jogar ao lado desses moleques. Agora é desejar boa sorte pra eles porque a caminhada é longa”, disse Wallace.